Em caminhada pelo bairro Assunção, o candidato à Prefeitura de São Bernardo Alex Manente (PPS) criticou e ouviu reclamações sobre o sistema de Saúde. Uma das principais reclamações partiu de uma moradora que perdeu o marido recentemente por causa da demora no atendimento médico.

Como medida, o popular-socialista prometeu ampliar a parceria com a Santa Casa, que foi uma das conquistas do mandato dele como deputado estadual. O convênio com o SUS previa atendimentos para especialidades como endoscopia, dermatologia, urologia, tomografia e eletroneuromiografia. Após escutar as reivindicações, o prefeiturável prometeu abrir outras duas frentes de atendimento no local.

"A Santa Casa é uma conquista nossa. Conseguimos reestruturar, equipar, colocar para funcionar. O convênio que foi feito com o SUS é um avanço, mas ainda é muito tímido, apenas para internação terminal, e eu tenho corresponsabilidade com o que acontece na Santa Casa. Vamos abrir duas portas no local, uma para atendimento público direto, sem precisar de central de regulação, e outra para entidade filantrópica realizar os seus convênios. São duas portas que queremos fazer, pronto atendimento e atender toda essa demanda."

Se por um lado as críticas à atual gestão apareceram, por outro também surgiram elogios de moradores ao prefeiturável, pela concretização do CRI (Centro de Referência ao Idoso), projeto do governo estadual. Alex enalteceu o projeto, mas destacou que ele também precisa passar por algumas melhorias.

"Conseguimos fazer com que ele continuasse funcionando, mas está muito tímido e precisamos avançar. Inclusive, teremos grupo que formulou o plano de governo e vai debater isso com os idosos. Queremos avançar para os bairros, não ficar exclusivo à região central, e aproveitar esses centros para ter atividade de lazer, academia ao ar livre junto com esses idosos, além da atuação de nutricionistas e acompanhamento médico para que a gente possa ter a prevenção de problemas."

LIMPEZA PÚBLICA

No percurso, Alex foi chamado por uma moradora para verificar a quantidade de lixo que estava espalhada em frente à sua residência. Ao se deparar com o problema, o candidato acusou a Prefeitura de maus-tratos com a população e se mostrou solidário à pessoa.

"A cidade está em completo abandono. As regiões em que circulam menos veículos são esquecidas, porque não precisam passar pelo processo de maquiagem de quem passa nas grandes avenidas. O abandono do lixo é uma falta de responsabilidade, isso gera presença de animais, doenças... O que a Prefeitura não pode fazer é ter compromisso com a empresa de lixo. Por que a empresa de lixo não é multada por fazer isso? Vamos ver se no fim da prestação de contas do prefeito vai aparecer lá o financiamento", criticou.

Um dos pontos que até agora foram pouco abordados durante a campanha é o planejamento urbano. A questão consiste na criação e no desenvolvimento de programas com o objetivo de revitalizar aspectos como produção, estruturação e apropriação do espaço.

Sobre esse tema, o candidato do PPS também acredita que a solução é viável para a Prefeitura. Para o prefeiturável, a lei em vigor permite crescimento desordenado. "Pelos próximos cinco anos nós teremos muito prédios e isso precisa ser visto com impacto de vizinhança. Não que sejamos contrários aos edifícios, mas o prédio precisa verificar qual tipo de impacto que ele gera e qual a responsabilidade que a Prefeitura tem com os equipamentos públicos", analisou.