Economia Titulo Consumo
Novos shoppings da região
recebem 950 mil visitantes

Golden Square, com 70% das lojas abertas, e Atrium,
com 50%, completam o primeiro mês e comemoram

Andréa Ciaffone
Do Diário do Grande ABC
29/11/2013 | 07:21
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Ricardo Trida/DGABC


Mais de 950 mil pessoas visitaram os dois novos shoppings centers da região durante o seu primeiro mês de operação. Golden Square, em São Bernardo, e Atrium, em Santo André, que foram inaugurados, respectivamente, em 22 e 29 de outubro, embora tenham aberto suas portas com muitos espaços vazios, vêm colecionando inaugurações de lojas em ritmo quase diário.

Com 200 unidades locáveis, o Golden Square abriu as portas com 118 operações abertas, algo próximo dos 60%. Ontem, com a inauguração da Calvin Klein, Renner, Óticas Carol e Yo!Sushi, o empreendimento alcançou 70% do seu elenco de lojas em funcionamento. No primeiro mês, o shopping, que custou R$ 400 milhões, estima ter recebido 700 mil visitantes.

Voltado para os públicos A e B, o Golden terá a maior loja da Calvin Klein do Estado de São Paulo, com 182 m². “A marca é muito bem aceita na região”, observa a empresária Bruna Perestrelo, franqueada da grife na região. “Por isso, trouxemos para a loja diferenciais como a linha CK Alfaitaria, que é importada.”

O Grande ABC é estratégico para a Calvin Klein, afirmou Fábio Vasconcelos, presidente da marca no Brasil. “Por dois motivos: as lojas já abertas estão tendo resultados muito bons e porque sentimos alta perspectiva de crescimento, pelo fato de a grife já ser consolidada na região.”

No andreense Atrium, a visitação também animou os empreendedores. “Foram 250 mil visitantes no primeiro mês”, comemora o presidente da Nassau Empreendimentos, empresa responsável pelo Atrium, Marcos Romiti.

O complexo comporta 200 lojas e até o dia da inauguração 150 espaços já haviam sido comercializados. Desses, no entanto, apenas 28, cerca de 15%, estavam em pleno funcionamento. “A realidade é que surpreendemos os lojistas por cumprir a data prevista de abertura”, diz Romiti.

“Hoje, já temos 50% das lojas abertas. Todas as âncoras já estão em funcionamento. Só o cinema, que será aberto em janeiro (a data prevista era dezembro). Entre os espaços para lojas de maior porte, como a Nobel, que abre amanhã, por exemplo, só uma ainda está disponível”, relata Romiti. “O que está levando mais tempo do que a nossa expectativa é a inauguração das lojas de menor metragem.”

FLUXO - Para o diretor de pesquisas e estudos do Provar/FIA (Fundação Instituto de Administração) Nuno Fouto, especializado em movimentos econômicos relacionados a varejo, os espaços vazios nos empreendimentos da região se devem a questões macroeconômicas que envolvem a capacidade de investimento dos lojistas.

“Existe um descompasso, porque se tratam de duas realidades. Enquanto os empreendimentos de shoppings centers são financiados por grandes investidores, com enorme capacidade financeira, os varejistas que vão ocupar os espaços das construções terão de contar com recursos próprios ou financiamentos”, observa.

E abrir loja em shopping não sai barato. Se for uma franquia, o franqueado tem de arcar com os custos para o uso da marca e de montagem da loja, que variam entre R$ 2.000 e R$ 3.000 por metro quadrado. No caso das de alto padrão, pode até passar disso.

Luciana Barreto, diretora da Smollan, empresa sul-africana especializada em gestão, inteligência e produtividade para o marketing no varejo, define que o shopping center é um território que satisfaz todo tipo de consumidor – desde o mais objetivo, que vai atrás de um produto específico, até o que vai para passear. “Para o brasileiro, é um destino de entretenimento. Quase como um parque de diversões. Por isso é que visitar shopping com muitas lojas faltando gera situação delicada. É como ir a um parque de diversão e não poder brincar”, diz. “Isso pode impactar negativamente o consumidor, mas, certamente, com o tempo, os shoppings conseguirão reverter isso.”

Ambos os especialistas afirmam que, no varejo, existe claramente o efeito manada. Ou seja, as pessoas se inspiram a comprar quando veem gente comprando. Por isso é tão importante para um shopping formar público fiel.
 




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