A Prefeitura de São Bernardo informou ontem que a moradora do Jardim Ipê Maria José de Souza, que aguarda mudança para o conjunto Três Marias, na cidade, em situação precária, conforme publicado pelo Diário, se nega a deixar o imóvel com o irmão José Roberto, que viveria com ela e sua filha no local.

Conforme a administração, o desmembramento familiar foi feito entre as duas partes da família: a mãe e o pai ficaram com uma unidade e o casal de irmãos com outra. No momento da mudança, programada para o dia 7 de maio, a administração alega que Maria José recusou-se a mudar junto com o irmão, alegando desavenças entre eles. A mudança foi, então, suspensa, considerando que essa posição resultaria na permanência de José Roberto no imóvel ocupado no Jardim Ipê. A situação implicaria no descumprimento da regra básica para a concessão da unidade, que é deixar o imóvel do assentamento irregular livre e desimpedido para a imediata demolição após a mudança dos atendidos.

A Prefeitura afirmou ainda que esse tipo de situação é um artifício comum, usado para tentar obter mais de uma unidade habitacional. Nas regras da atualização cadastral, esse tema também é tratado claramente: não se valida desdobro que resulte no atendimento habitacional a pessoa só (como seria o irmão dela, nesse caso).

Segundo a administração, a equipe de assistentes sociais realizou diversas visitas à moradia, não encontrando a família no local. Em 22 de maio foi feito contato telefônico com Maria José, que se manteve resistente à mudança. Em 12 de junho foi mantido o mesmo posicionamento, portanto, segundo a Prefeitura, o agendamento da mudança depende somente da moradora, que deve resolver seus problemas familiares e entregar o imóvel vazio.