Em greve há 50 dias, os servidores da UFABC (Universidade Federal do ABC) e do campus Diadema da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) realizam hoje ato unificado a partir das 9h, na Avenida dos Estados.

São esperados 500 manifestantes, entre servidores das universidades, professores, alunos e entidades sindicais. O ponto de encontro será o campus Santo André da UFABC.

Conforme explica o coordenador do Sinsifes (Sindicato dos Servidores das Instituições Federais de Ensino Superior) do ABC e um dos 600 técnicos administrativos da UFABC, Delcivan Carvalho, a atividade vai cobrar do governo a apresentação de proposta ao setor. A pauta do funcionalismo reivindica reajuste de 22,08%, manutenção das 30 horas semanais e realização de concurso público.

Já no âmbito local, estão entre as reivindicações o recebimento de adicional de insalubridade, subsídio para uso do restaurante universitário (a refeição custa R$ 6,20), além de melhores condições de trabalho para funcionários que trabalham em barracões, como os do arquivo e almoxarifado. "Até agora o governo só abriu negociação com os professores. Mesmo que acabe a greve dos docentes, não há como retomar as aulas sem os técnicos", observa Carvalho.

APOIO

Além da união com docentes da UFABC, que aprovaram por unanimidade moção de apoio aos técnicos administrativos na assembleia, alunos também irão participar da manifestação. "É preciso valorizar os profissionais da Educação no Brasil, tanto professores quanto técnicos", destaca a presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFABC, Josiane Oliveira.

Segundo a estudante, sem perspectivas de melhorias, é observada debandada de profissionais das universidades para outros setores, como indústrias.