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Sem acordo, funcionários da Prysmian mantêm greve

Em reunião, companhia se mostra irredutível e nega pagar abono aos 250 colaboradores

Tuana Marin
do Diário do Grande ABC
26/11/2013 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


Os 250 trabalhadores da metalúrgica Prysmian, de Santo André, começaram a semana de braços cruzados. A categoria anunciou, já na sexta-feira, que iniciaria ontem a greve. Os funcionários reivindicam o pagamento do abono salarial deste ano – benefício esse que tem sido negado pela companhia.

Os funcionários estiveram reunidos ontem, às 6h, em frente à Prysmian, e decidiram por voltar para suas casas. Hoje, novo encontro, e no mesmo horário, está marcado. A decisão tem tudo para seguir igual: dar continuidade à paralisação. “Há três anos a empresa nos concede o abono e, neste, não quer ao menos negociar. Enquanto não houver uma proposta, vamos continuar parados”, enfatiza o diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, José Roberto Vicaria, o Jacaré.

Segundo o dirigente sindical, a adesão à greve é de 100%. “Quero ver como a metalúrgica vai fazer no fim do mês, quando tiver que entregar os pedidos às empresas. A Prysmian não trabalha com estoque. Produz de acordo com as necessidades de seus clientes.” De acordo com Jacaré, a intenção não é prejudicar a metalúrgica. “Queremos sentar para negociar desde o primeiro dia, mas esse diálogo não aconteceu. Estamos abertos para futuras propostas. Não queremos ficar em casa, apenas pleiteamos um benefício que já era previsto.”

A metalúrgica fabrica cabos especiais de alta-tensão, e tem entre seus clientes a Eletropaulo e a Petrobras.

Quando a paralisação foi anunciada, na sexta-feira, o Diário contatou a empresa, que preferiu não se pronunciar a respeito.

BÔNUS - Os últimos três anos a empresa concedeu o plus – benefício negociado, geralmente, após a campanha salarial – sem grandes problemas. Em 2011, por exemplo, a categoria recebeu R$ 1.600. Já no ano passado, o acordo fechou em R$ 1.000 de abono mais o direito ao tíquete-alimentação, pago mensalmente, até hoje, no valor de R$ 100. Para este ano, a categoria pleiteou R$ 2.000 de abono.

A negociação do bônus também foi barrada na planta da empresa localizada em Sorocaba (Interior). Segundo Jacaré, os dirigentes sindicais de lá contaram que a companhia está “segurando” o pagamento do benefício. Na unidade, até demissões houve: cerca de 30 pessoas foram desligadas.

ACORDO - No fim do mês passado, o sindicato da categoria fechou reajuste salarial de 8% com as firmas que compõem sua base. Naquele momento, a direção deixou claro que iniciaria as negociações sobre abono salarial empresa por empresa.
 




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