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Ainda há esperança

Somente opinei sobre o Mensalão ao ser questionado sobre o tema. Não quis julgar...

Do Diário do Grande ABC
25/11/2013 | 07:47
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Somente opinei sobre o Mensalão ao ser questionado sobre o tema. Não quis julgar ninguém mas, pessoalmente, não correm em mim impulsos primitivos contra os réus. Obviamente existe sentimento de revolta com os resultados do julgamento. Afinal, para a maioria dos brasileiros, trata-se de uma das poucas vezes em que poderosos foram presos. Quando enfim o desfecho se desenha, é possível comentar com mais racionalidade.

Não tenho dúvidas de que a sensação de impunidade decorre menos das decisões do que da demora. E há várias explicações para esta: a complexidade do julgamento, um STF (Supremo Tribunal Federal) teatral, os códigos de processo com seus intermináveis recursos etc. Para nós, o povo, nada disso é compreensível ou justificável. É ‘juridiquês’.

Não reconhecer, entretanto, a dimensão política dos fatos é ingenuidade – que leva à má-fé. Um escândalo que surgiu do único erro do PT – o pragmatismo eleitoral, não político, que fez surgir alianças obscuras e frágeis – só ganhou força, dada a hipocrisia da oposição, pois, há um ‘caixa dois’ vindo de Minas Gerais também. Temos que assumir, baixando as bandeiras partidárias e não as ideológicas, que, pela primeira vez desde Jango, à dura sorte, um governo assume o poder e consegue implantar verdadeira agenda social, batendo de frente com a história, dando continuidade a uma política de estabilidade econômica – escondida pela ignorância dos tucanos – e fortalecendo política que só foi desviada por esse pragmatismo e pela revolta de egoístas que não se conformam com a ascensão de outrem.

Posto isso, não notar a transformação do Mensalão no ‘maior caso de corrupção da história do Brasil’ – considerando que tivemos a compra de votos no Congresso em 1997, as estradas paulistas dos anos 1990 e os desvios na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Metrô, que entram na casa do bilhão – é ignorar e tentar interromper processo mais amplo começado por Itamar Franco. É má-fé.

Repito: não gosto de ver qualquer pessoa cativa. Entretanto, toda a gritaria das redes sociais e das manchetes só nos indica que, mais uma vez, nós, brasileiros, não conseguimos enxergar além da superfície. Continuamos a reclamar da corrupção, a nos afastar dos partidos políticos, a colocar todo político na vala comum, a eleger os mesmos esquecendo seus nomes e seus grupos políticos, nos eximindo da culpa. Assim, os maiores condenados da Ação Penal 470 somos nós, os eleitores, e nossa dosimetria pode ser prisão perpétua da consciência se não acordarmos de vez. Pois, ainda há esperança.

Thiago Rocha de Paula é bacharel e licenciado em História pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Palavra do leitor

VLT

O governo tem passado a ideia de que a região terá Metrô, contribuindo com a especulação imobiliária no entorno do eixo da circulação do sistema. A mobilidade urbana na região será premiada, sim, com a implantação do sistema de transporte VLT. Portanto, que fique bem claro que não é metrô. Vale lembrar os esforços dos gestores públicos, como os prefeitos Luiz Marinho e Carlos Grana, nesse empenho em trazer para o Grande ABC essa política pública tão necessária na geração de qualidade de vida para população usuária de transporte público. O Ministério das Cidades disponibiliza recursos para projetos de mobilidade urbana desde que as cidades apresentem projetos viáveis na sua implantação, baseados em polos geradores de deslocamentos. Essas ações exigem eficiência dos gestores públicos municipais capazes de produzir projetos nesse sentido, e o prefeito de São Bernardo está cumprindo promessa de campanha que consta no seu plano de governo.

Gércio Vidal

São Bernardo

Cultura

Muito preocupante o rumo que a Cultura andreense vai tomando. Depois de conferência com resultados duvidosos, assistimos agora ao sucateamento geral da Escola Livre de Teatro. Carlos Grana nomeou secretário que se ausenta das discussões, deixando os ‘abacaxis’ ao prefeito. Nossa cidade já presenteou o País com Lucélia Santos e Antonio Petrin; teve em seu teatro inúmeras peças famosas, estreias nacionais; município onde seus poetas celebram e lamentam suas rimas em alfarrábios; onde fotógrafos mostram sua arte tanto no jornalismo como na fotografia artística; onde a Cultura jorra naturalmente de sua população. Com certeza esperava ação mais arrojada depois que um ciclone de nome Aidan passou pelo governo. O prefeito não pode deixar que um secretário desmonte a proposta de governo que foi criada junto aos movimentos sociais, com a sociedade organizada em reuniões temáticas. Se bem me lembro, o tal secretário à época das reuniões tinha proposta solo bem definida, que em nada batia com esta que defendi, defendo e continuarei defendendo.

Roberto Gomes da Silva

Santo André

Desaposentadoria

Lendo neste Diário (Economia, dia 21), observamos que corrigir os valores defasados dos pensionistas que após a aposentadoria continuam a trabalhar e a pagar o INSS não interessa ao governo nem ao instituto. O que nos deixa indignados é que o governo federal alega não ter recursos para bancar a troca de aposentadoria. Mas, há milhões de reais para fazer estádios, outro tanto nas mãos de mensaleiros, para pagar altos salários aos políticos, gasta-se milhões em propagandas etc. Este País é perverso e não reconhece que fomos nós mesmos que pagamos para ter aposentadoria justa. Não estamos pedindo esmolas a ninguém, apenas a devolução do que nos pertence, de fato. E toda vez que dependemos desses políticos do PT, que tanto pregavam a justiça ao trabalhador, nos sonegam, na ‘cara dura’, o que nos é de direito. Não posso falar por ninguém, mas esqueçam o meu voto! Será que nossos gênios do governo não sabem que todo dinheiro que o trabalhador e o aposentado recebem acaba indo para as mãos do comércio, e retornando ao governo em impostos?

Ivanir de Lima

São Bernardo

Há quem diga

Há quem diga que não vota mais nesses políticos que aí estão! No entanto, alguns têm profissionalismo, experiência e muitos anos de vida pública. Isso não conta nada? Então, pessoal, vamos votar em quem nós acreditamos! Os partidos políticos são incontáveis, e uns políticos são bons, outros, não! Mas o que conta muito são as práticas pelo bem e para o bem. Sim! Isso existe. Então, minha gente, antes de acusar, de votar errado, é bom parar e pensar bem, para não fazer coisa errada!

Edson Rodrigues

Santo André

Só que não...

De acordo com o artigo 6 da lei 12.796, onde diz que ‘é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na Educação Básica a partir dos 4 anos’, tenho o dever e o direito de matricular a minha filha, que completará esta idade em maio. No período de inscrição, efetuei-a no Emeief Homero Thon, mas, com a divulgação do resultado, tive a ‘agradável notícia’ de que ela não foi contemplada, ou seja, o funcionário disse-me que foram abertas 22 vagas e que as mesmas foram destinadas às crianças que hoje têm 4 anos. E as crianças que os completarão no próximo ano? Será que é tão caro e difícil abrir mais uma sala? Fico indignada e revoltada porque pago meus impostos em dia e não vejo o retorno! Desde que minha filha tem 1 ano, tento, sem sucesso, matriculá-la na creche e também não consigo! Ou seja, Educação Infantil na cidade é para poucos, é seletiva. Será que condiz com a qualidade? O que acontece de tão diferente em Santo André? Com a palavra, a Secretaria da Educação, a Prefeitura. Não quero desculpas, estou cansada dessa ladainha! Quero e exijo a minha filha na escola como cidadã andreense que eu, ela e toda a minha família somos!

Fernanda D. da Silva Justimiano

Santo André




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