Política Titulo Sem consenso
Silvana cogita estragar plano de Siraque

Candidatura a federal da petista quebraria acordo feito pelo deputado com Grana pela eleição de 2012

Fábio Martins
25/11/2013 | 07:55
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Militante do PT de Santo André, Silvana Silva cogita atrapalhar os planos do deputado Vanderlei Siraque de ser o candidato único da legenda na cidade à Câmara Federal em 2014. Ligada à ala PTLM (Partido dos Trabalhadores de Lutas e de Massa), a petista já explicitou internamente no diretório local a pretensão de postular uma das 513 cadeiras do Parlamento de Brasília, o que quebraria um acordo feito com o prefeito Carlos Grana (PT) de que Siraque seria nome de consenso no páreo.

O pacto foi firmado para que o parlamentar desistisse da ideia de encabeçar a chapa de candidato a prefeito pelo PT em favor de Grana. O trato se deu em 2011. Siraque demoveu da proposta e evitou a disputa de prévia para escolha do postulante ao Paço de Santo André, que enfrentaria o então chefe do Executivo Aidan Ravin (hoje no PSB).

Pré-candidato a estadual e presidente da executiva local, Luiz Turco confirmou que Silvana o procurou para expor o interesse em entrar na disputa. Segundo o dirigente, a petista está “discutindo dentro do agrupamento e busca viabilizar sua candidatura”. "Ela manifestou essa vontade. É um direito, assim como de outros companheiros, mas apoio é outra história. O prefeito deixou claro que temos um projeto e que ele gostaria que tivesse apenas dois candidatos (a dobrada Siraque/Turco).”

Embora haja a recomendação do prefeito, Turco ponderou que essa condição não quer dizer que filiados não possam se colocar na corrida eleitoral. “O compromisso com o Siraque de ser o candidato (com a adesão oficial do Paço) não impede que a Silvana reivindique em ter lugar na chapa (proporcional). Se o grupo decidir e houver espaço, não haverá problema, ela será candidata. Faz parte do processo. Agora, a deliberação cabe ao diretório estadual.”

Indignado, Siraque discordou da postura deixada em aberto pela executiva. Para o deputado, o acordo vai além de Santo André ao citar que os diretórios estadual e nacional estão cientes das tratativas do passado. “A primeira parte foi cumprida, retirei minha candidatura. Sou instrumento do acordo de que eu seria candidato único, colocado como prioridade. Quem tem que zelar por isso é a direção e não é um problema meu. O PT precisa resolver. Vou acreditar na boa fé das pessoas de que palavra dada é palavra cumprida.”

Silvana tem influência da família Tatto, de São Paulo – de força política na estadual –, para ingressar com a candidatura. A petista, que tem chance de vingar como peça na chapa petista por preencher pré-requisitos de ser mulher e negra, chegou a assumir vaga na Câmara em 2010, dentro da legislatura anterior, ocupando temporariamente o espaço no Legislativo andreense. Ela não foi localizada para comentar o assunto.




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