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Sidão mantém licitação polêmica para serviço de TI

Presidente da Câmara de S.Caetano é questionado sobre relação com empresa convocada

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
13/11/2013 | 07:17
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O presidente da Câmara de São Caetano, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), declarou que vai manter o andamento da polêmica licitação da TI (Tecnologia da Informação). Diante de questionamentos sobre sua relação com representantes da companhia e a idoneidade da empresa RDM, que ofertou a pior proposta e foi convocada para prestar o serviço, o socialista disse que vai seguir procedimento padrão de avaliação de licitantes.

“A licitação é pública e participa quem quer, não posso proibir ninguém de participar. Até que se prove o contrário, a empresa é idônea. Ainda não abrimos para a apresentação dessa empresa, porque o prazo para contestações está em vigor. Vamos seguir com o processo. Pode ser que a empresa vença e pode ser que a licitação fracasse. Se fracassar, não sei, mas teremos que avaliar nosso objeto (edital) para ver se estamos pedindo um serviço de qualidade muito acima do mercado”, comentou Sidão.

Ontem, o vereador Pio Mielo (PT) apresentou requerimento solicitando suspensão imediata do certame, embasado em denúncia de Eder Xavier (PCdoB) de que a sede da RDM, na Vila Homero Thon, em Santo André, em um prédio residencial, seria um endereço de fachada. Além disso, o comunista questionou a relação de Sidão com a companhia, já que o portal da Câmara de Diadema relata uma visita do socialista em 2012 acompanhado do representante da RDN, Damásio Matos.

Em ata, a quarta colocada no certame, a CSM, justificou sua desistência do processo, por observar que não havia critérios no julgamento feito pela Câmara, já que algumas empresas foram classificadas e outras desclassificadas num mesmo item, sendo que as propostas foram praticamente idênticas.

“Estamos promovendo um pregão eletrônico presencial, é o processo com maior transparência. As apresentações das empresas convocadas estão sendo filmadas em áudio e vídeo. A empresa (CSM) só pediu desistência do processo. Estamos sendo muito enérgicos e cobrando uma proposta redonda das empresas”, argumentou Sidão.

A RDM, que originalmente ofertou R$ 1,565 milhão, reduziu o custo para R$ 1,372 milhão para criar 12 softwares e instalar em 150 computadores, além de manter manutenção 24 horas por dia. O valor reduzido representa acréscimo de 13,2% no gasto que a Câmara tem hoje, que é de R$ 1,212 milhão anual.

Outro ponto polêmico do processo foi a vitória da Mirasoft, atual prestadora do serviço, nas duas versões do certame. A companhia, que é elogiada por boa parte dos vereadores que utilizam os softwares, foi desclassificada nas duas oportunidades. O lance da empresa foi de R$ 799,9 mil ao ano. O valor representa apenas 66% do custo atual.
 




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