Os vereadores de Rio Grande da Serra votam hoje o projeto de autoria do prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) para redução do próprio salário e do secretariado. A bancada petista pretende apresentar emenda para equiparar o salário do primeiro escalão ao dos vereadores.

A proposta prevê diminuição de R$ 500 nos salários dos 11 secretários: de R$ 8.000 para R$ 7.500. Os vencimentos do chefe do Executivo terão diminuição de R$ 1.000, passando para R$ 15.033,87 mensais.

Para os petistas, a redução salarial será paliativa. E apresentará destaque ao projeto no qual o secretariado teria de ganhar, no máximo, R$ 6.012, mesma quantia dos vereadores. Autor da emenda, Cleson Alves de Souza (PT) alega mais economia aos gastos da Prefeitura. “Não temos estrutura nenhuma em comparação ao Executivo. Se é para ter corte efetivo, que seja visível nas contabilidades”, afirmou.

O líder do governo na Câmara, Clauricio Bento (DEM), trabalhará para derrubar a sugestão da oposição, a pedido do prefeito. “Todos entenderam a justificativa de reduzir custos da folha de pagamento, mas acreditam que seja incabível diminuir tanto o salário dos secretários, que são pessoas com especialidades para cumprir o papel em cada Pasta”, explicou o democrata.

Se a emenda for aprovada e o salário do secretariado passar a ser de R$ 6.012, haverá economia mensal de R$ 21.868. Por ano, R$ 284,3 mil seriam poupados. Pelo projeto original de Maranhão – com redução de R$ 500 nos vencimentos do primeiro escalão –, a diminuição de gastos chegaria a R$ 84,5 mil por ano, contando o 13º salário.

O prefeito alegou que a economia precisa ser feita porque a folha salarial do Paço se aproxima do limite estipulado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), de 54% de gastos da receita corrente líquida do Executivo com servidores municipais.