Cultura & Lazer Titulo Aplausos para o Sol
Tons do Brasil
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
18/11/2011 | 07:30
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Divulgação


Para o músico, cantor e compositor baiano Jau, há algo em seu disco, o mais bonito, que não é de tão fácil distinção. "O invisível é muito forte. As pessoas, a energia que se concentra neste trabalho, é tudo muito bonito, feito por gente que respira naturalmente a música em tudo que vive e vê", comenta ele sobre 'Aplausos para o Sol' (Som Livre, preço médio R$ 20).

Profícuo compositor, além de instrumentista que já dividiu palco com gente como Wayne Shorter, Tracy Chapman, Djavan, Marisa Monte e Paralamas do Sucesso, Jau já fez parte do Olodum, gravou ao lado de Caetano Veloso a trilha de 'Ó Pai Ó' e, para este projeto, feito no circuito São Paulo, Rio e Bahia, decidiu expandir os laços musicais para o Brasil.

"Não é esse artista baiano, esse carioca ou esse paulistano. É um trabalho que tenta se relacionar com o todo. Do ponto de vista sonoro, quis sair do meu ambiente. Quando você está trabalhando muito tempo em um mesmo lugar e com a mesma equipe, cria jeito de jogar que dificilmente muda. Parece que você deita e fica lá, principalmente se é um ambiente de sucesso."

Gente de todos os lugares e tipos musicais, como Marcelo Jeneci, Kassin, Funk Como Le Gusta, Pedro Baby, Davi Moraes, Afroreggae, Dadi, Leila Pinheiro, Trio Ternura e Lincoln Olivetti listam na ficha técnica como convidados do álbum.

O swing - esse não tinha como tirar - é o grande reverenciado do projeto. Só que chega incorporado a suaves temperos de outras cozinhas, como a deliciosa 'Agô', que abre o disco com toques de timba e cuica permeados pelo cavaco, até o piano de Leila Pinheiro ganhar destaque e invadir o espaço da canção.

As boas composições festeiras abrangem um bom leque de variedades, cheias de riqueza nos tons e nas referências. Tem samba rock, meio no estilo Jorge Ben Jor, com 'Babydoll'; a contagiante 'Olhos de Leoa'; o eletroaxé 'Swing do Abdômen'; 'Rei do Sol', com Funk Como Le Gusta, que dispensa mais apresentações; e o rock percursivo 'Calor'.

Ainda sobra espaço para temas mais líricos, como o apaixonado reggae Flores da Favela, carregado pela sanfona de Jeneci e por quarteto de violinos; a doces 'Amar É Bom' e 'Um Amor Que Eu Sinto Por Você'; e a pop 'Minha Preta'.

  jau by CulturaDGABC




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