Artigo

Quem nunca entrou no supermercado para comprar apenas um produto e saiu com mais do que deveria na sacola? A chance de isso acontecer é grande, porque circulamos entre seções estrategicamente preparadas para nos impactar de maneira despercebida e induzir nossa decisão de compra. Os varejistas utilizam conceito conhecido como planograma para posicionar os itens na gôndola e chamar a atenção para o espaço desejado. Pesquisa divulgada recentemente pelo SPC Brasil confirma que 34% das pessoas admitem comprar por impulso, gastando mais que o planejado.

Também chamado de plano de gôndola, a técnica tem o objetivo de organizar e gerenciar os produtos nas prateleiras, de forma que haja sempre estímulo na comunicação com o comprador, alavancando as vendas de determinado produto ou marca. Se observarmos as gôndolas com mais atenção, podemos verificar que os itens quase sempre estão distribuídos em blocos verticais de uma mesma empresa, com subcategorias em grupos horizontais para facilitar a visualização do consumidor.

Além disso, os produtos com maior valor agregado permanecem na altura das mãos e dos olhos, na chamada ‘área nobre’. Já na considerada ‘área fria’, que são os espaços abaixo e acima da linha dos olhos e mãos, são posicionados os itens que nos levam ao ponto de venda, conhecidos como ‘produtos destino’. Nesse local, os itens tendem a custar menos e são acompanhados das unidades em promoção, justamente para estimular a compra.

No caso das lâmpadas, podemos perceber que, geralmente, as fluorescentes compactas estão presentes na área nobre, pois apresentam maior giro e valor agregado em relação às incandescentes. Na mesma zona, começam a surgir os LEDs, que possuem preço superior, mas entregam ainda mais benefícios. Já as tradicionais incandescentes permanecem abaixo ou acima do campo visual, pois custam menos e estão saindo do mercado para dar espaço às novas soluções.

Muitos não imaginam, mas até o modo que caminhamos dentro do ponto de venda é analisado. Os ‘produtos destino’ ficam sempre nos fins dos corredores, forçando maior número de pessoas a circular naquela seção, enquanto os itens que compramos por impulso permanecem no início do setor. Essa organização garante também a movimentação controlada em todo o estabelecimento.

Por isso, fique atento à comunicação no ponto de venda. Agora que você já sabe como funciona a organização das gôndolas, a busca por produtos que realmente deseja levar para casa ficará mais fácil.

Cláudio Giannico é formado em Administração de Empresas pela FMU, com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas e é gerente nacional do canal retail da Osram.

Palavra do Leitor

Capuava
Cumpro com todos os deveres, pago todos os impostos e, assim como uma porção de outros que entram para estatística diariamente, entrei dia 13. Moro desde que nasci em Santo André, amo o Grande ABC, porém trabalho em São Paulo, utilizo o transporte público e o acesso é a Estação Capuava. Gostaria de ao menos ter o direito de ir e vir com segurança, sem o medo diário de ser assaltado novamente. Essa estação, além de não haver nunca um policial após as 18h, está escura e quando chove os sapatos ficam com lama. Lamentável! Quem pode ajudar a mim e a centenas de pessoas que caminham com medo de sermos mortos, roubados, sequestrados etc. É divisa de municípios, a quem reclamar? Santo André? Mauá? Ou ao Estado? E quanto à Segurança pública, existe ronda nesse local? A quem posso solicitar?
Eduardo Ribas Catarino
Santo André

Nome de praça
O presidente da Câmara de Diadema, de repente aparece com ideias que, com certeza, não fizeram parte de sua campanha, quando queria o voto do suado e cansado povo da cidade. No passado, nos trouxe assuntos polêmicos, como vantagens financeiras para os edis. José de Alencar foi grande pessoa, empresário de sucesso, batalhador pela vida. Não vamos criar mais problemas, para o povo, com gastos desnecessários de mudança de nome de praças e ruas, nomes que já estamos acostumados. Com certeza teremos inaugurações de outras praças, de ruas, e aí poderemos dar a denominação à qual sugere.
Elcio Antônio Carvalho
São Caetano

Coletes
Referente à reportagem sobre coletes de guardas-civis de São Caetano que estão vencidos (Setecidades, dia 24), tenho a dizer que estou indignado e envergonhado de ter ajudado e votado no Paulo Pinheiro. A cidade possui cerca de 400 guardas na corporação e, segundo a Prefeitura, 130 coletes estão disponíveis para o uso. Na realidade a cidade está com 32,5% escalados para promover somente patrulhamentos e vigia em patrimônios públicos, e 67,5% ficam sem trabalhar pela Segurança da população. Para quê serve a Guarda Civil Municipal? Isso é uma vergonha!
João Gilberto Lúcio
São Caetano

Lula de volta
Lula foi extremamente modesto quando disse estar de volta para desgraça de alguns. Menos, Lula! Esses alguns são cerca de 200 milhões de brasileiros, população tão grande que não merece ser nomeada por mero pronome indefinido.
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro

Resposta
A respeito da carta do leitor José Domingos da Matta Filho (Semasa, dia 18), o Semasa informa que o reservatório Camilópolis não recuperou seu nível de água durante vários dias, tendo atingido índice zero no dia 15. Isso ocorreu porque a Sabesp vem enviando menos água do que a necessidade do município, principalmente para abastecer os reservatórios que recebem pelo Sistema Rio Claro (70% de Santo André). A água enviada durante a noite e a madrugada pela Sabesp não tem conseguido alcançar a sua capacidade total de reservação. Assim, a partir das 6h, a pouca água que ficou reservada geralmente é utilizada na sua totalidade até o meio do dia. A água que é enviada ao longo do dia não chega a ser reservada, pois a necessidade local não permite que seja possível vencer o consumo. O resultado é que o reservatório fica sem água e, novamente, durante a madrugada, não consegue atingir a sua capacidade máxima para atender a população no dia seguinte.
Semasa