A visita de Antonio Zugaib, chefe de planejamento da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – órgão subordinado ao Ministério da Agricultura) na Bahia, ontem, a Ribeirão Pires, fomentou a ideia de desenvolver a cadeia produtiva do chocolate no município. Hoje, existem dezenas de fabricantes independentes que se reúnem no Festival do Chocolate, em julho, para comercializar seus produtos. A intenção, a partir de agora, é desenvolver indústrias na cidade com base no conhecimento dos profissionais que já têm o domínio da produção caseira, só que agregando maior valor ao chocolate.

“Já demos início a essa discussão. Queremos trabalhar a identidade do chocolate para consolidá-lo como referência em Ribeirão Pires”, disse o secretário-adjunto de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciano Feltran. “Queremos trazer algo diferente não só para Ribeirão, mas para o Grande ABC, que poderá comercializar o produto diferenciado. A ideia é fazer com que as pessoas venham à região para procurar um chocolate refinado, com essência diferente, por exemplo.”

Segundo Zugaib, como a cidade possui temperaturas amenas durante a maior parte do ano, o ideal seria comprar cacau e amêndoa de produtores da Bahia, terra em que as matérias-primas têm tradição, e agregar valor a elas em Ribeirão. “A Holanda é um dos maiores processadores de cacau, comprado do Brasil. E com a iniciativa, Ribeirão Pires, que já tem o festival, pode imprimir maior dinamismo ao evento.”

O chefe da Ceplac conta que, para iniciar uma indústria de pequeno porte, que empregue em torno de 12 funcionários, são necessários R$ 3 milhões em investimento, em média. Por ano, uma empresa dessas pode produzir 240 toneladas de chocolate.

Feltran afirma que até o início de março as discussões sobre a cadeia deverão ser concluídas.