Política Titulo São Bernardo
Chioro nomeou sócios
na Secretaria de Saúde

Parceiros em empresa de sonorização atuaram
no Paço de S.Bernardo no 1º mandato de Marinho

Raphael Rocha
23/09/2013 | 07:40
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André Henriques/DGABC


O secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro (PT), nomeou, para cargos comissionados (sem concurso público), dois sócios numa empresa de iluminação e sonorização para sua Pasta durante o primeiro mandato do prefeito Luiz Marinho (PT). Com participação minoritária na Chioro Grijó & Muniz Ltda, Gláucio Coelho Grijó e Paulo Guilherme Muniz atuaram no departamento chefiado por Chioro.

Grijó foi nomeado oficial de gabinete da Secretaria de Saúde em 9 de abril de 2009, logo no início do trabalho de Chioro. Foi exonerado no dia 3 de junho, menos de dois meses depois. Muniz teve vida mais longa e efetiva na administração petista.

Ele foi admitido em 2009 para cargo comissionado de assistente de diretoria do departamento de administração da Saúde. No triênio 2009-2011, foi designado para o Conselho Municipal de Saúde, para exercer função de representante institucional. Seus colegas de setor eram Lumena Furtado (hoje secretária de Saúde de Mauá), Homero Nepomuceno Duarte (atual titular da Saúde de Santo André) e Chioro.

Muniz chegou a ser convocado, em 2011, para sindicância para apurar denúncias de supostas irregularidades no Pronto Socorro Central envolvendo funcionários contratados pelo Complexo Hospitalar de São Bernardo. Em agosto do mesmo ano, foi exonerado da vaga apadrinhada pelo sócio.

A Chioro Grijó & Muniz Ltda tem como nome fantasia Fábrica de Sons. Em descrição junto à Receita Federal, a Fábrica de Sons atua no ramo de atividades de sonorização e iluminação e atividades de artistas plásticos, jornalistas independentes e escritores.

Aberta em 1997, possui capital de R$ 40 mil, sendo Chioro como sócio majoritário, com R$ 25 mil. Grijó tem participação de R$ 13 mil e Muniz, de R$ 2.000. A empresa está situada em Santos, assim como a Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento, que também tem Chioro como acionista principal e que firmou contratos pelo País, ferindo a legislação de São Bernardo.

A LOM (Lei Orgânica do Município) proíbe apenas que servidores comissionados firmem contrato com o Executivo de São Bernardo, diferentemente do caso denunciado pelo Diário na quarta-feira. A mesma legislação diz que secretários municipais não podem ser donos de prestadoras de serviços que trabalham para poderes públicos em geral, justamente o caso da Consaúde.

A consultoria de Saúde de Chioro tinha acordos com gestões petistas. Entre elas a de Ubatuba, que tem como secretária do setor Ana Emília Gaspar, que divide com o petista de São Bernardo a diretoria do Consems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo) – Chioro preside a entidade. Esse convênio foi fechado por dispensa de licitação.
Chioro tem evitado comentar sobre o caso. Na quarta-feira, por nota, afirmou que não participa ativamente da Consaúde, embora não haja registro formal de seu afastamento da empresa. Disse que a consultoria atua para prefeituras administradas por siglas rivais do PT.




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