O Grande ABC vai ser a primeira das nove sub-regiões metropolitanas a receber o Gamesp (Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica da Segurança Pública), projeto anunciado ontem, em São Bernardo, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana.

Cinco regiões do Estado já possuem projetos semelhantes: Campinas, Baixada Santista, Vale do Ribeira, Vale do Paraíba e Litoral Norte. Ações semelhantes estão previstas para ser implantadas em Jundiaí e Ribeirão Preto.

O objetivo é integrar ações de prevenção e combate ao crime, unindo lideranças das polícias Civil, Militar e Federal, guardas municipais, secretarias estaduais e municipais, além de representantes do Poder Judiciário e sociedade civil.

O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, explicou que o Grande ABC será o primeiro a iniciar a implementação do Gamesp por já contar com a estrutura do GT (Grupo de Trabalho) do Consórcio Intermunicipal e projetos como a criação de um portal de videomonitoramento, além de um diálogo entre polícias e prefeituras e acesso das cidades ao Infocrim (sistema de informações criminais).

“É uma forma de criarmos um vínculo permanente para que as questões mais sensíveis e graves sejam debatidas e solucionadas”, disse Grella.

Será através do gabinete integrado, informou o secretário, que o poder municipal discutirá questões urbanísticas, como pontos das cidades mal iluminados, e da legislação municipal, como a fiscalização de comércios sem alvará ou licença para funcionamento. Unir forçar para combater os desmanches de veículos e o tráfico de drogas também está entre os objetivos.

O Gamesp funcionará sem sede fixa e o secretário promete agendar uma data em breve para o início dos trabalhos. “Vamos discutir para que se comece isso o mais rápido possível”, disse o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Luiz Marinho (PT).

REIVINDICAÇÕES

Sobre algumas reivindicações locais, como implantação de sistema de monitoramento na Via Índio Tibiriçá, criação da Delegacia Seccional e um IML (Instituto Médico-Legal) em Mauá, além de uma Delegacia da Mulher em Ribeirão, Grella disse que não há previsão. “Tudo está sendo avaliado. Precisamos avaliar aspectos como os recursos humanos”, disse.