Economia Titulo Finanças pessoais
Consciência começa com comparação

Em período que bancos brigam para chamar a atenção com as
reduções de juros, é necessário tomar cuidado com tentações

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
22/07/2012 | 07:01
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Em período que os bancos brigam para chamar a atenção dos consumidores com reduções de juros, é necessário tomar cuidado com as tentações do crédito. E o primeiro passo, antes de sair passando o cartão ou contratando empréstimos e financiamentos de veículos e imóveis, é comparar o preço das operações, ou seja, emparelhar as taxas de juros para saber qual é a melhor opção. Principalmente porque pesquisas recentes mostram que o que os bancos anunciam não é, exatamente, o que eles cobram em média.

"A comparação está na base da educação financeira", afirmou o especialista em finanças dos negócios, planejamento familiar e economia doméstica Gustavo Cerbasi, que já escreveu dez livros sobre os assuntos.Nesta semana, ele se tornou sócio de uma das ferramentas de comparação de juros bancários disponível, gratuitamente, na internet, o Canal do Crédito (www.canaldocredito.com.br). Cerbasi irá contribuir com conteúdo de educação financeira ao site, que serão divulgados pelas redes sociais.

Com o auxílio do simulador do Canal do Crédito, é possível comparar os custos efetivos das operações de crédito dos bancos, como os financiamentos de imóveis residenciais novos e usados, veículos, refinanciamentos, empréstimos pessoais e crédito consignado e todas as modalidades de consórcio. "Não vamos parar por aí. A gente imagina atender os consumidores com informações sobre o mercado financeiro, de seguros, e de investimentos. E, no futuro, atender as empresas", disse o presidente do site, que acumula R$ 9 bilhões em simulações desde 2009 (lançamento) e R$ 1,5 bilhão neste ano até 1º de junho, Marcelo Prata.

Cerbasi destaca que depois de comparados os juros, os interessados em empréstimos devem avaliar a real necessidade do dinheiro. Após essa etapa, o interessante é se planejar para contratar a operação, calculando se as prestações se encaixarão no orçamento mensal. "Não podemos cair na bobagem de poupar o crédito, que é fomento, mas quando mal usado, realmente, gera desequilíbrio financeiro para o contratante", afirma.

JUROS - Nem todos os consumidores conseguem as menores taxas oferecidas pelos bancos, que são próximas de 1,5% ao mês em algumas operações. Prova disso é a constatação da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) de que a taxa média de juros, 6,2% ao mês, subiu em junho contra maio (6,18%).

Segundo o Banco Central, nas duas primeiras semanas de julho, os principais bancos que atendem os consumidores tiveram alta de até 9%, sobre o mesmo período de junho, na média de juros que cobraram por novas operações de crédito pessoal. Na mesma comparação, os financiamentos de veículos, de todos os bancos que informaram o BC, ficaram em média 1% mais caros.




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