Esportes Titulo No Rio de Janeiro
Ramalhão encara
território hostil

Adversário, que tem 100% de aproveitamento no torneio,
impõe respeito, mas time se considera um franco-atirador

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
21/07/2012 | 07:30
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Vencer o líder Madureira e o temor de jogar no Estádio Aniceto Moscoso, no Rio. Estes são os desafios do Santo André, às 15h de hoje, pela quarta rodada do Brasileiro da Série C.

O adversário, que tem 100% de aproveitamento no torneio, impõe respeito. Do lado de fora do estádio, porém, o que impera é o medo. Isso porque o duelo entre Madureira e Tupi, na semana passada, teve de ser interrompido por alguns minutos no segundo tempo em razão de tiroteio nas proximidades do local.

O técnico Claudemir Peixoto revelou que só viveu situação como essa em campeonatos amadores. "Só na várzea, no profissional não. Mas futebol está sujeito a tudo. Outros países têm até bomba. Vamos torcer para que seja uma viagem tranquila do começo ao fim."

O goleiro Marcelo Bonan, que completa hoje 50 jogos pelo clube, também está na expectativa por duelo tranquilo. "Nunca aconteceu e espero que não aconteça desta vez. É lamentável", destacou.

Ainda invicto com dois empates e uma vitória fora de casa, o Ramalhão vai buscar pelo menos uma igualdade, na opinião do atacante Fábio Santos. "Vamos como francos-atiradores. A responsabilidade é deles: líderes, jogam em casa. Temos de respeitá-los e tentar arrancar um ponto. Se vierem três, melhor ainda", disse.

O jogador terá novo companheiro no setor ofensivo. O jovem Vitor Hugo, de apenas 18 anos, substitui Caihame, machucado. Recém-promovido da base, iniciou a carreira na defesa. "Comecei como zagueiro no infantil. Tinha a vantagem de ser mais alto e estavam precisando de um jogador para a posição. Aí, quando pensei em largar a bola, arrisquei a última ficha em ser atacante. E deu certo", contou.

A possibilidade de parar com o futebol veio depois de atuar no infantil do Ramalhão, quando saiu, tentou a sorte por diversos outros clubes, mas só viu portas fechadas. "Rodei quase todo o Brasil à procura de time e nada. Tentei no Cruzeiro, São Paulo, Barueri e vários outros. A última oportunidade foi aqui de novo. Gostaram de mim e pediram para que ficasse", comentou Vitor Hugo, que não esconde o nervosismo da estreia. "Estou meio ansioso pelo primeiro jogo oficial no profissional. Espero que dê tudo certo."

Considerado o 12º jogador de Claudemir Peixoto, o volante Juninho não viajou por problemas particulares.

 

Duelo marca encontro das duas melhores defesas

O duelo desta tarde, no Rio de Janeiro, marca o encontro das duas melhores defesas do Grupo B da Série C. Em três rodadas, o Santo André levou um gol, enquanto que o Madureira ainda não foi vazado. Na opinião do goleiro Marcelo Bonan, o Ramalhão está com o setor bem acertado e, a partir daí, tenta dar suporte e tranquilidade ao sistema ofensivo.

"Conversamos bastante. Estamos com situação bem compacta desde a Série A-2, quando conseguimos ter a segunda melhor defesa, apesar da colocação (15º). Conseguimos manter isso para o Brasileiro. Não levar gol já é grande passo. É mais fácil fazer um do que dois. Assim, com a qualidade que temos na frente, buscaremos o resultado", comentou o camisa um da equipe andreense.




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