Cultura & Lazer Titulo
William e Harry não querem exibição de fotos do acidente de Diana
Da AFP
05/06/2007 | 18:05
Compartilhar notícia


Os filhos da princesa Diana, William e Harry, pediram nesta terça-feira a uma emissora britânica que não leve ao ar fotos tiradas após a morte da mãe, falecida em um acidente de carro em 1997, afirmando que a exibição representa um "enorme desrespeito" à memória dela.

No entanto, o Channel 4, que planeja exibir o documentário "Diana: The Witnesses in the Tunnel" (Diana: as testemunhas no túnel), anunciou que manterá o plano de exibir o programa.

Funcionários da realeza contaram, em comunicado, ter escrito para o Channel 4 pedindo, em nome dos príncipes, para que não sejam exibidas as fotos de Diana, tiradas depois do acidente, em Paris, na noite de 31 de agosto de 1997.

"Os príncipes sentem, relutantes, que não têm outra escolha que esclarecer publicamente que eles acreditam que a exibição destas fotos é totalmente inapropriada, profundamente penosa para eles e os familiares das outras pessoas falecidas naquela noite, e um enorme desrespeito à memória de sua mãe", destacou um comunicado publicado pela Clarence House, residência oficial do príncipe Charles, pai de William e Harry e ex-marido de Diana.

Segundo as fontes, o secretário privado dos príncipes, Jamie Lowther-Pinkerton, pediu uma resposta do Channel 4 na manhã de segunda-feira, mas não recebeu nenhuma. Como conseqüência, os príncipes tornaram pública sua posição.

Eles também tomaram a decisão incomum de publicar a carta de Lowther-Pinkerton ao Channel 4, que ganhou fama por exibir programas que dividem a opinião pública. "Se fosse sua mãe ou minha mãe morta naquele túnel, gostaríamos de ver a cena transmitida para a nação? Realmente, a nação iria querer isto", escreveu o secretário.

Em resposta ao comunicado da Clarence House, o Channel 4 informou ter "pesado as preocupações dos príncipes e o legítimo interesse do público" em descobrir o que aconteceu imediatamente após o acidente.

"O Channel 4 reconhece as preocupações expressas pelos príncipes William e Harry sobre o documentário", disse o diretor do Channel 4, Julian Bellamy. "Gostaríamos de esclarecer que não é nossa intenção, ao exibir este programa, causar neles angústia e nós não acreditamos que seja, de forma alguma, desrespeitoso à memória da princesa Diana", afirmou.

As fotos e entrevistas dão "o testemunho mais detalhado e confiável já divulgado" sobre o acidente, acrescentou, ressaltando que nenhuma foto das vítimas da batida serão exibidas. O programa foi realizado pela ITN Factual, cuja companhia matriz, a ITN, o defendeu, afirmando ser uma apresentação "sóbria" dos eventos que cercaram a morte de Diana.

"O programa é resultado de uma pesquisa jornalística extensa e exaustiva e é uma análise equilibrada, sóbria e confiável sobre os eventos históricos daquela noite, que merecem ser contados", acrescentou.

Enquanto isso, em Paris, os fotógrafos Fabrice Chassery e David Ker disseram ser "categoricamente contrários" à transmissão. Eles disseram, em um comunicado, que foram contatados insistentemente pelo Channel Four e negaram sua permissão para usar qualquer foto que tiraram do local do acidente.

Os fotógrafos alegaram que uma foto, de Diana inconsciente sendo tratada por um médico, foi "tirada ilegalmente" de um arquivo judicial depois que o pai de Dodi al Fayed - namorado de Diana também morto no acidente -, Mohammed, deu início a procedimentos legais contra aqueles que fotografaram Diana e seu filho após o acidente.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;