Toda moradia precisa garantir a saúde de quem a habita, por isso, há regras para erguê-la
Primeiro, é preciso ter o terreno onde a casa será erguida. O arquiteto ou o engenheiro civil pode orientar a escolha da área, que deve ter solo apropriado para receber a construção. O arquiteto cria o projeto (desenho) da residência. Já o engenheiro é responsável por colocá-lo em prática, calcula materiais necessários para erguer a estrutura e acompanha a obra.
A fundação é a etapa em que são feitos buracos no terreno, preenchidos com concreto e aço, para dar suporte à casa. Assim, o peso dela é transferido de modo correto para o solo. Então, é a vez de erguer pilares, vigas (peças horizontais de madeira, aço ou concreto que dão sustentação) e, sobre eles, as lajes. Em grande parte das residências no Brasil, os espaços são preenchidos com tijolos e cimento, formando as paredes.
Em seguida, são colocadas portas e janelas. Também monta-se o esqueleto do telhado, que é coberto por telhas. Depois, vem a instalação elétrica e hidráulica (canos que conduzem água) para que a casa tenha luz, chuveiro, esgoto, pia, entre outros recursos.
Por fim, há o acabamento, etapa na qual realiza-se a pintura do imóvel e detalhes, como a colocação de pisos e revestimentos nas paredes.
SAUDÁVEL - Para construir a casa é preciso respeitar muitas normas. Parte delas é estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para garantir que as moradias sejam ambientes saudáveis para as pessoas. Assim, os tamanhos mínimos dos cômodos são determinados. As prefeituras fixam a distância que a fachada das residências deve ter da rua e a que deve manter dos vizinhos, além da altura dos prédios.
A boa casa tem tamanho adequado para abrigar o número de pessoas que lá vivem. Deve receber luz solar diariamente, ter esgoto, água encanada e revestimento apropriado que impeça o excesso de umidade.
Existem diferentes tipos de moradias
As moradias passaram por muitas transformações ao longo do tempo. Na Pré-História, o homem não se fixava em único lugar da floresta; deslocava-se de uma área para a outra em busca de alimento e abrigo. Até que teve a ideia de construir cabanas com vegetais e peles de animais. Alguns grupos também começaram a ocupar cavernas. Para isso, no entanto, tinham de espantar os bichos que já viviam lá.
Desde então, diferentes tipos de casas foram desenvolvidos de acordo com as condições do ambiente, como relevo, clima, presença de rios, entre outras características. Na Capadócia, Turquia, as pessoas esculpiram moradias nas montanhas da região. Principalmente no Norte do Brasil são comuns as casas de palafita na beira dos rios; troncos de árvores são fixados no solo, no fundo da água, e sobre eles são construídas as residências de madeira.
Ainda hoje, segundo a Organização das Nações Unidas, pelo menos 1 bilhão de pessoas vive em moradias inadequadas e em áreas de risco.
Quem perguntou?
Raffael Alves Silva, 9 anos, de São Bernardo, sempre gostou de fazer maquetes e pensa em ser arquiteto quando crescer. “Muitas vezes brinquei de desenhar projetos de casas.” Ele também se diverte criando construções com pecinhas de Lego e jogando Minecraft (game que usa bloquinhos para desenvolver mundo virtual) no computador. O menino sabe que há muitos tipos de moradias pelo mundo. Na opinião dele, uma boa casa precisa ser grande. Construí-la na vida real, porém, é difícil e demorado.
Consultoria Cássia Silveira de Assis, coordenadora do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá.
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