Política Titulo São Bernardo
Câmara de São Bernardo veta placas religiosas até com voto de Rafael, autor do projeto

Parlamentar do PSD segue determinação de Marinho, mas alega que proposta não feria Estado laico

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
08/08/2013 | 07:00
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A Câmara de São Bernardo aprovou ontem o veto total ao projeto de lei do vereador Rafael Demarchi (PSD) para a instalação de placas com a mensagem ‘São Bernardo do Campo é do senhor Jesus’ nas principais vias do município. A proposta havia sido ratificada pela Casa na última sessão antes do recesso de julho.

A recusa encaminhada pelo prefeito Luiz Marinho (PT) foi avalizada pela maioria dos parlamentares, inclusive por Rafael Demarchi. Apenas o parlamentar Juarez Tudo Azul (PSDB) e a bancada do PPS se abstiveram da votação. A exceção foi Marcelo Lima, que não teve voto computado por não estar no plenário na votação.

Demonstrando obediência ao chefe do Executivo, Rafael não questionou o veto de Marinho. “O prefeito é autoridade e tenho de acatar a decisão dele”, alegou. Apesar disso, o pessedista reclamou dos critérios de inconstitucionalidade da proposta, que resultaria em gastos ao Executivo. “Tínhamos conseguido patrocinadores para custear a instalação das placas”, ponderou.

Ele refutou a alegação de que sua proposta fere o conceito de Estado laico – em que a religião não interfere. “Esse conceito de Estado laico é discutível. Até as notas de real têm a inscrição ‘Deus seja Louvado’”, relembrou o vereador.

Ao explicar o projeto na tribuna da Câmara, Rafael disse que estudava a possibilidade de outra homenagem, desta vez para que São Bernardo tenha uma Praça da Bíblia, mas foi informado por Antônio Cabrera (PSB) que já existe espaço com essa denominação no bairro Taboão.

AUDITORIA

O presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), não apresentou aos demais vereadores o resultado da consulta feita com quatro empresas para realização de auditoria na obra da Câmara.

A empresa PWC (Pricewaterhouse), que ainda não havia encaminhados os valores para análise nos contratos da obra, encaminhou ontem seu orçamento: R$ 450 mil. A KPMG informou que cobrará R$ 2,1 milhões pelo serviço e a Deloitte apresentou proposta de R$ 1 milhão. A Ernst & Young alegou que não avaliaria o empreendimento.




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