Abreu Filho considera a falta de unidades regionais uma atitude irresponsável por parte dos prefeitos. Além do Grande ABC, o presidente aponta a região de Campinas como problemática. A cidade aparece como a maior “fornecedora” de menores infratores internados nas unidades da capital. Diadema, São Bernardo e Santo André estão entre as dez cidades da Grande São Paulo e interior com o maior número de internos nas unidades da capital.
Abreu Filho afirma que a postura dos prefeitos das cidades do interior e Grande São Paulo em rejeitar as propostas de implementação de unidades de atendimento regional é uma política de banimento dos menores. Segundo o presidente, para o Grande ABC a proposta é de construção de duas unidades com capacidade total para 120 adolescentes infratores. A Febem fornece o projeto, a verba para a construção e a manutenção, afirma o presidente, e pede como contrapartida a cessão de áreas para que as unidades sejam construídas.
Para o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, Ramon Velasquez (PT), prefeito de Rio Grande da Serra, somente depois da reunião é que os prefeitos da região poderão se posicionar sobre a implementação de unidades regionais. Os prefeitos chegaram a fazer outras reuniões com o ex-presidente da Febem, Benedito Duarte, e a proposta de construir duas unidades em Ribeirão Pires chegou a ter um processo de licitação iniciado pelo então governador Mário Covas, morto em março. A população da cidade se mobilizou contra a construção e o processo foi paralisado.
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