“Ao Carioca, Casas Weigand, Cine Max e a loja de meus avós ficavam todos na Avenida Conde Francisco Matarazzo (todos bem ao lado da estação ferroviária), e não na Rua Manoel Coelho. A falha provavelmente deve-se ao meu texto, pois estávamos tratando da foto tirada na Manoel Coelho”.

Antonio de Andrade

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Reinaldo Martins fez as fotos em julho de 1983, Anderson Silva as selecionou e os amigos João da Costa Faria e Antonio de Andrade escrevem sobre os dois cenários. São eles que conduzem a jornada de hoje da Semana São Caetano, com boas e fascinantes lembranças.

A loja da dona Etelvina

Texto: Antonio de Andrade

A primeira foto mostra a Rua Manoel Coelho no sentido de quem saiu do Viaduto dos Autonomistas em direção à Rua Baraldi e Avenida Goiás.

Logo à esquerda a primeira via é a Avenida Conde Francisco Matarazzo, em cuja esquina ficava o Externato Santo Antonio (popularmente conhecido como Colégio ou Escola das Madres). Foi lá que fiz o então denominado jardim de infância.

No início dos anos 1950 usávamos um avental como uniforme (azul para os meninos e rosa para as meninas). Lembro bem de uma das professoras, a Madre Escolástica, disciplinadora exigente, mas muito carinhosa com todos, uma verdadeira educadora.

Após a Avenida Conde Francisco Matarazzo vem à direita a Rua Alagoas, que dá acesso a São Paulo.

A foto seguinte é como uma continuação da primeira. Foi tirada quase em frente ao antigo Cine Max e das atuais instalações da sede da Casas Bahia – esquina com a Rua João Pessoa.

Reinaldo Martins apontou a câmera no sentido da Rua Manoel Coelho que aparece no fundo. Ali ficava o Externato Santo Antonio, posteriormente uma galeria comercial. Neste trecho existia uma pequena capela devocional que desapareceu ao longo dos anos. Quem sabe algum leitor saiba mais em relação a esta capela.

Vivi a infância e adolescência praticamente neste pedaço. Em 1983 restava ainda o Cine Max.

Olhe atentamente o canto direito da foto 2. Aparece parte de anúncio de filme na lateral do cinema. Meu avô foi projecionista de filmes e era dono de uma loja de armarinhos (Casa São Caetano) mas que a freguesia conhecia mesmo pelo nome de minha avó Etelvina – assim o estabelecimento era chamado popularmente como loja da dona Etelvina.

Proibido estacionar

Texto: João da Costa Faria

Primeira foto: início da Rua Manoel Coelho, a qual tem acesso os carros provindos do bairro Fundação e da Rua Serafim Constantino. Curioso é que o nome de Rua Manoel Coelho já foi o da atual 28 de Julho. Ganhou notoriedade graças à visão de estadista do saudoso prefeito Anacleto Campanella que, no dia 28 de julho de 1954, inaugurou o Viaduto dos Autonomistas, com 254 metros de comprimento e 15 metros de largura, e que foi o primeiro viaduto do Grande ABC a cruzar o leito da estrada de ferro. Considero, pela época, como a mais importante obra que vi em São Caetano. Tanto é assim que uma grande foto dele enobrece a sala de reuniões de meu escritório de advocacia.

O viaduto desafogou o trânsito lento em direção às antigas porteiras da passagem de nível dos trilhos junto à estação ferroviária. Mas o que deve ter despertado a atenção do arguto fotógrafo Reinaldo Martins deve ter sido o fusquinha estacionado bem ao lado da placa de advertência de que ali não era permitido o estacionamento.

Segunda foto: Avenida Conde Francisco Matarazzo, no trecho ao qual se tinha acesso exatamente pela Rua Manoel Coelho. Sempre foi super movimentada por conduzir, exatamente, à casa de comércio que é o emblema de São Caetano, a Casas Bahia, idealizada pelo insuperável Sr. Samuel Klein e, após, mantida e desenvolvida por seu filho Michael Klein e seu neto, Raphael Klein.

O número de veículos que por esse trecho da Avenida Conde Francisco Matarazzo transita diariamente se dirigindo a Casas Bahia é incontável. E viva São Caetano!

Teatro Musumeci

A USCS comemora hoje 45 anos de fundação. Em cerimônia, marcada para ter início às 19h30, no Campus Barcelona, o destaque será a homenagem ao Claudio Musumeci, idealizador e primeiro diretor da instituição, quando o teatro receberá seu nome.

Épamigos

Este grupo de amigos da General Motors realiza hoje o encontro mensal nº 113, com almoço a partir do meio-dia. A sigla tem dois significados: Amigos da Engenharia de Produtos (as duas primeiras letras EP são a abreviação de Engenharia de Produtos) e “É para amigos”. Participam: atuais e ex-funcionários do setor. Local: clube da GM, à Avenida Goiás, 2.905. No comando, Odair Vituri, agitador cultural.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 31 de julho de 1983 – Ano 26 – Nº 5276</CF>

SANTO ANDRÉ – Faisa (Fundação de Assistência à Infância) às voltas com deficit de 320 milhões de cruzeiros.

POLÍTICA SALARIAL – O valor do trabalho segundo a lei. Reportagem de Roberto Baraldi

POLÍCIA – Fuga de presos na cadeia de São Caetano.

EDITORIAL – Diálogo aberto governo-povo é a salvação

PRIMEIRO PLANO (Ariverson Feltrin) – Brasil, olhando de soslaio.

EM 1º DE AGOSTO DE...

1933 – Inaugurada a Estação Utinga, em Santo André.

1948 – Inaugurado o transporte coletivo entre o Centro de São Bernardo e Rudge Ramos.

1978 – APAE de Santo André realiza chá beneficente no Salão Verde do Terraço Itália, em São Paulo.

HOJE

- Dia Mundial da Amamentação

- Dia do Cerealista

- Dia do Selo Postal Brasileiro

- Dia do Poeta de Literatura de Cordel

SANTOS DO DIA

- Afonso Maria de Ligório

- Caridade

- Esperança

* Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC.

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Caterina de Giaimo Romano, 93. Natural da Itália. Dia 27. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

Anália Carmela Russi Paulice, 87. Natural de São Paulo (SP). Dia 29. Cemitério da Quarta Parada, Capital.

Vicente Ferreira, 85. Natural de Lorena (SP). Dia 29. Cemitério Curuçá.

Zulmira Cardoso Rossi, 82. Natural de Penápolis (SP). Dia 28. Cemitério Curuçá.
Nivaldo Gaseta, 75. Natural de Pitangueiras (SP). Dia 27. Cemitério Curuçá.

Benedito Silvério, 74. Natural de Guariba (SP). Dia 29. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Moacyr José de Macedo, 70. Natural de Antonio Carlos (MG). Dia 28. Memorial Jardim Santo André.

José Martins dos Santos, 69. Natural de Campo Alegre Lourdes (BA). Dia 27. Cemitério Curuçá.

José de Oliveira, 65. Natural de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Dia 29. Cemitério Curuçá.

José Mauricio Jocelino, 64. Natural de São José dos Campos (SP). Dia 26. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO

Manoel Rodrigues, 84. Natural de São Manuel (SP). Dia 27, em Santo André. Jardim da Colina.

Geni de Souza domingos, 57. Natural de Mãe D’Água (PB), dia 27. Cemitério dos Casa.

Arlene Souza, 39. Natural de Pilão Arcado (BA). Dia 28, em Santo André. Dia 28. Cemitério dos Casa.

SÃO CAETANO

Valdeci dos Santos Colognesi, 80. Natural de Uaua (BA). Dia 29. Cemitério São Caetano, Vila Paula.

MAUÁ

Benedito Alves de Oliveira, 86. Natural e Paranapanema (SP). Dia 27, em Santo André. Vale dos Pinheirais.

RIBEIRÃO PIRES

Romuraldo Lopes de Oliveira Junior, 33. Natural de Mauá. Dia 26, em Santo André. Cemitério Santa Lídia.

RIO GRANDE DA SERRA

João Gonçalves da Silva, 82. Natural de Guaçui (ES). Dia 30. Cemitério São Sebastião.

Jovino Godoe, 70. Natural de Pederneiras (SP). Dia 29. Cemitério São Sebastião.

Marivaldo de Sá Silva, 32. Natural de São Caetano. Dia 30. Cemitério São Sebastião.

Serviços Funerários: Santo André – 4433-3544; São Bernardo – 4330-4527; Diadema – 4056-1045; Mauá – 4514-7399; Ribeirão Pires – 4828-1436; Rio Grande da Serra – 4820-4353.

Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.