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Recuperação do
Córrego Guaixaya
será feita até 2015

Erosão atinge margens de rio na Avenida das Nações, em Santo André; obra custará R$ 29 mi

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
24/07/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


 A recuperação das margens do Córrego Guaixaya, em Santo André, será feita até o primeiro semestre de 2015. A Prefeitura assinou ontem o contrato no valor de R$ 29,5 milhões para as obras de canalização e recomposição estrutural do curso d’água, localizado na Avenida das Nações, no Parque Novo Oratório.

No fim de 2012, após fortes chuvas, a erosão provocou desmoronamento em cerca de 30 metros de margens. Em março, após outros temporais, a área afetada ficou ainda maior, o que gerou congestionamentos na via. O surgimento da cratera gerou medo nos moradores do entorno, que temiam que as estruturas das casas fossem prejudicadas.

Segundo o prefeito Carlos Grana (PT), a obra será a solução para as enchentes no bairro. “Muitas vezes foram feitos puxadinhos, mas nada definitivo.” O petista comemora a redução do preço da obra em relação ao que era planejado. A administração esperava gastar R$ 34 milhões, mas a proposta feita pelo consórcio formado pelas empresas DP Barros e Versátil Engenharia ficou 16% mais barata. Parte do investimento será aplicado pelo governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A contrapartida municipal é de R$ 7,1 milhões. Cerca de 155 mil pessoas deverão ser beneficiadas pelo serviço.

A recuperação das margens será feita em trecho de 1.550 metros, entre a Rua Eduardo Prado e o Córrego Oratório, na divisa com a Capital. A calha do córrego será ampliada, o que permitirá o aumento da capacidade e, consequentemente, a diminuição do risco de transbordamento. A largura irá variar de três a sete metros, de acordo com o trecho da via. O objetivo é não invadir a faixa de rolamento da avenida.

O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Júnior, explica que, durante os trabalhos, será tomado cuidado especial com as casas vizinhas. “Vamos cravar perfis para garantir a segurança dos imóveis, o que irá reduzir o risco”, salienta. O processo será feito durante a elaboração do projeto executivo, o que irá agilizar os procedimentos.

Os perfis são blocos de ferro, semelhantes a estacas, que são colocados nas margens caídas para evitar que o desmoronamento continue e atinja a estrutura dos imóveis. A estimativa do Semasa é que o projeto executivo comece a ser feito até 15 de agosto e demore cerca de 60 dias para ser concluído. O entorno das ruas Basiléia e Eduardo Prado deverão ser priorizados no projeto, já que foram os locais mais afetados pelos desabamentos.

Projeto contra enchentes fica pronto até o fim do ano

Até o fim do ano, a Prefeitura de Santo André pretende finalizar projeto para acabar com as enchentes na Vila América. O bairro, próximo à região central, é uma das áreas da cidade que mais sofrem com alagamentos. Sozinho, o piscinão da Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo não é suficiente para armazenar toda a água que desemboca no local nos dias de fortes chuvas. O reservatório tem capacidade para 3.000 metros cúbicos, considerado pequeno em comparação com os piscinões estaduais, mantidos pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).

O prefeito Carlos Grana (PT) afirma que deverá definir ainda neste ano o que será feito no bairro. “Vamos estudar um projeto que seja viável e faça com que não tenhamos mais, definitivamente, esse problema com enchente. E não tem espaço para ampliação do piscinão”, comenta. Segundo o petista, são cerca de 80 residências que são atingidas anualmente pelas inundações.

O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Júnior, afirma que duas possibilidades são previamente levadas em conta. “Uma seria solução de engenharia, o que é muito caro, e precisaria de recurso do governo federal, porque a gente não tem. A segunda seria desapropriação. Aí é possível criar espaço para investidores que queiram fazer algum recurso lá.”

Ney Vaz salienta que não há previsão do valor do investimento necessário, já que o custo irá depender do tipo de ação que precisará ser executada no local.




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