O Santo André colecionou ontem seu segundo ponto no Grupo 4 da Copa Paulista ao empatar por 1 a 1 com o Audax, no Estádio Bruno Daniel. O Ramalhão saiu na frente com gol de Nequinha, mas permitiu a igualdade do time da Capital. Agora, porém, todas as atenções estão voltadas ao duelo diante do Juventude, sábado, em Caxias do Sul, pelo Brasileiro da Série D.

A equipe foi a campo ontem com formação semelhante a do empate sem gols contra o Taubaté. Ramalho era o líder e todas as jogadas passavam por seus pés. A única mudança ficou por conta de João Guilherme no lugar de Lucas Gomes.

O Ramalhão demorou a engrenar e, por isso, logo aos quatro minutos levou o primeiro susto. Nadson recebeu bom passe e cara a cara com Rodrigo Viana parou na grande defesa do goleiro andreense. A resposta do time da casa veio aos 17, em chute de George.

Bem ao estilo do técnico Fernando Diniz, o Audax trabalhava a bola, buscava a melhor alternativa e mantinha a posse. Mas não conseguia concluir. Por outro lado, o Santo André tentou com João Guilherme, em chute fraco, e Gustavo, que entrou ainda na primeira etapa, mas isolou.

Na segunda parcial, aos sete, Gustavo teve a primeira boa oportunidade. Aproveitou passe errado para avançar livre, mas ao se aproximar da área, chutou por cima. O gramado interferiu diretamente (negativamente) no lance. Aos dez, porém, após boa trama, Ramalho foi derrubado na área. Nequinha cobrou e converteu.

Mas o time não teve muito tempo para comemorar. Aos 21, Helton Luis bateu falta e contou com a má colocação de Rodrigo Viana para igualar o duelo. Mas o goleiro se redimiu aos 47, ao impedir a virada em cabeceio de João Paulo.

Rodrigo Viana vai do céu ao inferno

Vida de goleiro não é fácil e Rodrigo Viana que o diga. O camisa um do Santo André diante do Audax, ontem, foi responsável direto no empate, tanto positiva quanto negativamente. Ele falhou no gol do adversário, se posicionando de forma equivocada na falta cobrada por Helton Luis, mas fez duas defesas fundamentais, a segunda aos 47 minutos da etapa final, salvando o time.

“Assumo o erro. Não devia ter saído para a direita. Achei que a bola passaria por cima da barreira pela curva que fez, mas foi no meu canto e entrou. Nessa profissão é preciso tentar manter regularidade e quando consegue, vai bem. Estou há três meses sem jogar e isso causa perda no ritmo, ficando irregular, mas com o passar do tempo melhora. As duas defesas foram importantíssimas e estou motivado para mostrar que continuo bem”, destacou o arqueiro.

O técnico Dedimar, por sua vez, demonstrou insatisfação com o arqueiro, mas diz confiar no jogador. “Erros vão acontecer, é normal, mas confesso que não pode acontecer novamente. Pesa, tem que ter cobrança, não fiquei satisfeito, são decisões que definem uma partida, mas confio no Rodrigo, que já foi nosso titular”, explicou o comandante, que utiliza Adilson na Série D.