Política Titulo Tratativas
PTB articula
Aidan Ravin na
Assembleia Legislativa

Bancada de deputados, comandada por Campos, pressiona liberação do médico junto ao prefeito Grana

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
17/07/2013 | 07:36
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Celso Luiz/DGABC


O presidente paulista do PTB, deputado Campos Machado, requisitou ontem ao dirigente da Assembleia Legislativa, Samuel Moreira (PSDB), ofício à Prefeitura de Santo André para conseguir a liberação do ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PTB) – médico concursado, que atua na rede pública de Saúde. A medida, pleiteada com os demais integrantes da bancada petebista, de quatro parlamentares, foi motivada pela transferência de Aidan no local de trabalho na cidade.

O documento será protocolado ao prefeito Carlos Grana (PT), solicitando licença temporária do ex-prefeito sem remuneração no período em que sair dos serviços locais. Segundo Campos, o pedido elaborado pelo grupo segue trâmite normal na Casa. “Já requeri ao presidente da Assembleia, pois a ideia é que ele (Aidan) seja comissionado em um cargo dentro dos quadros do governo do Estado”, disse, sem mencionar se há acordo firmado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). A possibilidade mais provável, no entanto, é Aidan obter cargo na Assembleia Legislativa.

Campos, porém, sinalizou que a proposta ao ex-prefeito é atuar em equipamento ligado ao Palácio dos Bandeirantes. “Projetamos para ser (trabalho) em unidade de São Paulo, mas não necessariamente na área da Saúde. Pode ser de outros segmentos. Essa foi a nossa indicação, que agora passará pelo crivo do prefeito (Grana)”, afirmou o mandatário, acrescentando ditado popular grego ao fim das declarações. “Aos vencedores, as medalhas, e aos perdedores, as homenagens.”

Campos referiu-se à decisão do governo municipal petista em transferir Aidan – derrotado na disputa pela reeleição no ano passado – do PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita, onde está alocado há 22 anos, para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) Sacadura Cabral. A Secretaria de Saúde de Santo André alega que a mudança se deve à alta demanda no posto de Saúde. Em contrapartida, o ex-chefe do Executivo reclama de perseguição política por tirá-lo de seu reduto.

Aidan avaliou, inclusive, que a portaria que oficializou a sua transferência é inválida por ser retroativa – a data da publicação é de 3 de julho, porém, retroage a 16 de junho. Segundo o ex-prefeito, quando teve ciência da situação em Santo André, a bancada se colocou à disposição para entrar com alguma intervenção. Grana negou na segunda-feira qualquer tipo de retaliação ao adversário político. “Não teve nenhuma interferência da minha parte”, garantiu.

O procedimento, entretanto, gerou estranheza no meio político, uma vez que não existe a necessidade de pressão da Assembleia para que Aidan se licencie como médico concursado, a menos que seja cedido da Prefeitura para função no próprio Parlamento paulista.
 




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