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Região tem deficit de 150 médicos na rede básica de Saúde

Cidades planejam adesão ao programa Mais Médicos, do governo federal, para suprir carência

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
11/07/2013 | 07:00
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O Grande ABC tem deficit de pelo menos 150 médicos na rede básica de Saúde. Na tentativa de reverter o problema, municípios da região que não integram lista das cidades prioritárias também planejam aderir ao programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal na segunda-feira.

Entre as sete cidades, apenas Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão entre as 47 localidades do Estado consideradas vulneráveis. No entanto, Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá farão adesão à iniciativa. São Caetano informou não ter dificuldade na contratação dos profissionais e, por isso, não tem planos de participar da medida.

O município com maior demanda por médicos é Diadema. A Prefeitura estima a necessidade de 80 profissionais para completar o quadro nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família).

Em Santo André, o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno, destacou que, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a cidade teria direito a receber cerca de 20 profissionais, mas a intenção é contratar 35 médicos. “Temos 35 UBSs e em todas há períodos descobertos”, explica.

De acordo com o secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, a cidade tem 14 vagas para médicos da atenção básica em aberto e 14 UBSs em áreas carentes – onde os profissionais contratados pelo programa devem atuar. A cidade enfrenta dificuldade para preencher vagas mesmo ofertando estrutura adequada nas unidades de saúde e salário de R$ 14 mil mensais. “Essa é uma luta histórica dos gestores de Saúde”, comemorou Chioro, ao referir-se ao programa federal.

A secretária de Saúde de Mauá, Lumena Furtado, realiza estudo para definir quantos profissionais são necessários atualmente na rede básica do município. “Estamos otimistas com o programa e nos mobilizando para reformar as UBSs em tempo”, comenta. Recentemente, a Prefeitura pleiteou R$ 8 milhões junto ao governo federal para as melhorias.

Ribeirão Pires tem deficit de cerca de 18 clínicos gerais enquanto Rio Grande da Serra precisa atualmente de cinco médicos.

PROGRAMA

O programa Mais Médicos tem meta de ampliar a presença em áreas carentes do País. Para isso, oferece bolsa de R$ 10 mil mais ajuda de custo para estimular esses profissionais a atuarem na rede básica. Além dos municípios, os médicos interessados também precisam aderir ao programa.

A prioridade de seleção será para brasileiros e, posteriormente, para profissionais nascidos no País e formados em universidades estrangeiras. Em último caso, haverá contratação de médicos estrangeiros.

 

Cidades prioritárias recebem R$ 1,8 mi para construção de quatro UBSs

Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, listadas entre as cidades prioritárias para receber contratados a partir do programa Mais Médicos, do governo federal, foram contempladas com R$ 1,8 milhão para a construção de quatro UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Nos dois casos, as unidades substituirão prédios alugados para a oferta do serviço básico de Saúde.

A reestruturação da rede das cidades é um dos critérios estabelecidos pelo programa Mais Médicos e tem intuito de garantir condições de trabalho aos profissionais.

Em Rio Grande da Serra, as duas unidades do tipo 1 – oferecem equipe de Saúde da família – serão construídas na Vila Niwa e Vila São João e demandarão investimento de R$ 800 mil. Conforme explica a secretária de Saúde da cidade, Regina Maura Zetone, o benefício representa melhor infraestrutura para o atendimento da população e, em consequência, para fixação dos médicos. Cada unidade atende, em média, 1.000 pessoas por mês.

Na cidade vizinha, Ribeirão Pires, os moradores dos bairros Jardim Valentina e 4ª Divisão serão contemplados. O investimento será de R$ 1 milhão para duas UBSs do tipo 2 – ofertam duas equipes do Programa de Saúde da Família e têm capacidade para atender até 6.000 pessoas.  




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