Setecidades Titulo Até 2016
Sto.André e Mauá planejam
construir usina de lixo

Estudos iniciais serão feitos em 6 meses; a
obra deverá custar cerca de R$ 500 milhões

Fabio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
11/07/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Os prefeitos de Santo André e Mauá, Carlos Grana (PT) e Donisete Braga (PT), respectivamente, assinaram ontem termo de cooperação para o desenvolvimento de estudos para construção de usina de incineração de lixo que atenda aos dois municípios. O investimento deverá girar em torno de R$ 500 milhões e a intenção é de que o equipamento fique pronto até 2016.

Juntas, as duas cidades produzem cerca de uma tonelada diária de resíduos, que atualmente são enviados ao aterro particular Lara, em Mauá. Uma das principais hipóteses cogitadas é a de que a energia gerada na incineração seja utilizada pelo Polo Petroquímico, na divisa entre os dois municípios. O objetivo é aumentar a produtividade das indústrias do setor. Projeto semelhante está sendo executado pela Prefeitura de São Bernardo. No entanto, a Usina Verde, como tem sido chamada, irá gerar eletricidade para a iluminação pública.

Segundo Donisete, há um ano e meio a administração municipal de Mauá autorizou a iniciativa privada a analisar a viabilidade do empreendimento. Das quatro empresas que se apresentaram, duas enviaram projetos. “Esse é um debate que envolve economia e sustentabilidade. Além disso, estamos nos antecipando quanto ao risco de, no futuro, os aterros atingirem a capacidade máxima.” A decisão de convidar Santo André para participar do projeto se deu pela “proximidade territorial e a similaridade das características urbanas entre os dois municípios”. Há possibilidade de, no futuro, os prefeitos de São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra sejam convidados para participar do convênio.

O prefeito de Santo André informou que na fase inicial não será necessária aplicação de recursos públicos. Os estudos serão feitos em seis meses pelas equipes técnicas das secretarias envolvidas. Ainda não foi definida área onde funcionará a usina, mas é provável que o local escolhido seja nas proximidades do bairro Capuava, onde fica o Polo Petroquímico.

O superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Júnior, afirmou que também não há decisão sobre como serão divididos os custos de operação. “Mas é provável que Santo André tenha um aporte maior, já que tem maior demanda.” A cidade produz diariamente cerca de 700 mil quilos de lixo, enquanto Mauá gera aproximadamente 320 quilos.

ATERRO

Ney Vaz salientou que a reabertura do aterro da Cidade São Jorge, em Santo André, será antecipada em três meses. A previsão era de que a reativação ocorresse em janeiro. O prazo, agora, é outubro. Segundo o superintendente, a aceleração foi possível devido à agilização dos trâmites para obtenção de licenças ambientais junto à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), o que possibilitou o início das obras de infraestrutura. O envio do lixo para o aterro municipal reduzirá em 50% o gasto da Prefeitura com armazenamento de resíduos, que hoje é de R$ 25 milhões por ano.

 

Passarela na Avenida Prestes Maia começa a ser erguida

Foi iniciada ontem a construção de passarela na Avenida Prestes Maia, em Santo André. A passagem elevada ficará localizada em frente ao Núcleo Tamarutaca e custará cerca de R$ 1,5 milhão aos cofres municipais. A previsão é de que as obras sejam concluídas até janeiro.

Para evitar que pedestres atravessem a via por baixo, será implantada barreira no canteiro central com aproximadamente dois metros de altura. O muro terá extensão aproximada de 300 metros, entre os viadutos Engenheiro Luís Meira e Tamarutaca.

Após a inauguração da passarela, será removido o semáforo no local. O sinal foi instalado em maio do ano passado pelo então prefeito Aidan Ravin (PTB). O mandatário foi alvo de série de críticas por parte do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). Isso porque, pouco tempo antes, o petista havia entregado as obras de rebaixamento na Avenida Lions, via que, junto com a Prestes Maia, integra o Corredor ABD. O equipamento prejudicou a fluidez proporcionada pela intervenção na cidade vizinha. 




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