Se a partida entre Japão e México não valia nada em termos de classificação e foi tranquila, o clima esquentou mais uma vez em Belo Horizonte devido às manifestações que tomam conta das ruas brasileiras. Mais de 120 mil pessoas caminharam do Centro da cidade até aos arredores do Mineirão.

O início da passeata até foi tranquilo, inclusive, em clima de festa, com rodas de capoeira, oficina de confecção de cartazes, entre outras atividades.

Mas, quando chegaram perto do estádio, os manifestantes confrontaram a Polícia Militar, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar os mais exaltados. A situação apenas piorou, com atos de vandalismo, além de saques e ataques. Concessionárias da Hyundai e da Kia Motors tiveram seus vidros e móveis totalmente depredados no meio da confusão.

Pelo menos duas pessoas caíram do viaduto José Alencar. Uma delas teve fratura exposta em um dos pulsos.
O protesto de ontem, que dificultou a saída dos torcedores do Mineirão, foi o sétimo realizado na Capital mineira e, mais uma vez, contou com reivindicações como passe livre no transporte coletivo, melhorias nas áreas da Saúde e Educação e contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37 que restringe os poderes de investigação do Ministério Público, entre outros pedidos.