Cultura & Lazer Titulo Música
Voz e instrumento
essencialmente emocionais

Leila Pinheiro e Nelson Faria lançam um disco
de voz e guitarra com vários clássicos nacionais

Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
19/06/2013 | 07:29
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Divulgação


 Duas essências e um vasto País de música marcam 'Céu e Mar' (Biscoito Fino, preço médio R$ 30), disco que Leila Pinheiro e o guitarrista Nelson Faria acabam de soltar nas prateleiras brasileiras. O material encomendado para o mercado inglês já foi lançado na Europa.

Tom Jobim e Johnny Alf, mesmo com uma música cada um no disco, são o fio condutor de um passeio que reúne importantes capítulos da história do cancioneiro nacional. Filhos desses dois expoentes, que a partir dos anos 1950 souberam pluralizar e sofisticar a canção brasleira, Leila e Nelson apostaram nos grandes que sucederam os dois. Ivan Lins, Edu Lobo, Paulo César Pinheiro, Dori Caymmi, Gilberto Gil, Marcos Valle, Francis Hime. Djavan e muitos outros estão distribuídos nas 12 composições que integram a obra.

“Tom Jobim e Johnny Alf são fontes inspiradoras da música e poesia que existiram no Brasil depois dos anos 1950. Eles, depois os outros, são tudo como se fosse uma grande família musical que largou herdeiros pelo mundo”, diz Leila.

A parceria com Faria se deu, além da amizade, pela afinidade musical e pelo desejo de lançar no mercado estrangeiro um disco com voz e guitarra privilegiando clássicos brasileiros. Clássicos não tão óbvios, diga-se de passagem. Jobim surge com 'Sucedeu Assim', parceria sua com Mário Pinto. De Francis e Chico Buarque, os dois resgataram 'Embarcação'. Gil é relido com 'Cada Tempo em Seu Lugar'. 'Bala com Bala' (João Bosco e Aldir Blanc), 'Doce Presença' (Ivan Lins e Vitor Martins) e 'Bolero de Satã' (Guinga e Paulo César Pinheiro) ocupam o lado mais célebre. Ainda, lançam mão de 'That Old Devil Called Love', que Billie Holiday imortalizou.

A densidade do canto de Leila surge sem artifícios, emoldurada apenas pela guitarra de Faria e preenchida de emoção. Tudo soa mais essencial para ela, que vê esse trabalho como o encerramento de um ciclo, afinal, em seu primeiro disco, de 1983, muitos destes mesmos compositores estavam representados. “Tanto eu quanto o Nelson estamos em momento de amadurecimento, temos trabalhos por grande parte do mundo. Talvez, isso tudo tenha me levado para o mais simples, a essência da música, instrumento e voz.”




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