Setecidades Titulo Saúde
Falta de seringa
em UBSs obriga
diabético a improvisar

Em Mauá, estoque público está sem aplicador de insulina há 15 dias; pacientes reutilizam material

Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
06/06/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Diabéticos de Mauá que necessitam da aplicação de insulina diariamente estão sendo obrigados a comprar seringas para aplicação do hormônio ou então reaproveitar produto até que as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) voltem a fornecer o material.

A aposentada Maria Campos dos Reis, 68 anos, optou pela reutilização. Há 15 dias, seu marido, o segurança Pedro Jonas Araújo, 61 anos, usa a mesma seringa para aplicar insulina na mulher. “Já fui duas vezes à UBS Jardim Mauá para pegar o material e eles avisaram que não tinha. Só me deram agulha. Para mim isso é anti-higiênico”, comenta Araújo.

A equipe do Diário entrou em contato com cinco UBSs: Jardim Mauá, Flórida, Vila Assis, Parque São Vicente e Zaíra. Apenas a unidade da Vila Assis informou possuir seringas para diabéticos no estoque. No entanto, a atendente informou que, em vez das 120 unidades que os pacientes costumam receber, a farmácia fornece apenas 30 por conta da falta do produto.

Maria é diabética há 19 anos, e há 17 necessita de aplicação três vezes ao dia de insulina, pela manhã, tarde e noite. “O certo seria usar um aplicador em casa dose. O pior é que eles disseram que não há prazo de chegada”, reclama o segurança.

Nas farmácias, o preço de embalagem com dez seringas custa em média de R$ 15 a R$ 30. Segundo o casal, arcar com essa despesa é inviável, já que a única fonte de renda de ambos é a aposentadoria de Maria.

Segundo a Prefeitura de Mauá, o atraso na entrega das seringas de insulina deverá estar resolvido hoje, com a chegada dos produtos. A Secretaria de Saúde reestruturou os procedimentos para compra de medicamentos, materiais e suprimentos em geral e está realizando ajustes para que este tipo de atraso não ocorra novamente.

O kit glicemia é composto de seringa, agulha, lanceta, tira para determinação de glicose no sangue, glicosímetro e insulina (regular ou NPH). A distribuição é mensal, com uma média de 60 kits por pessoa. Cerca de 4.000 pacientes insulino-dependentes utilizam o kit no município.  




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