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DJ é vetado em
Parada Gay de Sto.André

Organizadores dizem que suas tatuagens fazem apologia ao nazismo de Hitler

Rafael Ribeiro
05/06/2013 | 07:00
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Ex-integrante do grupo Twister, nascido em Santo André e atualmente DJ de festas e eventos voltados para o público LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Enrico Tank foi expulso da Parada Gay da cidade, que acontece no dia 23. O motivo seria a acusação de fazer apologia ao nazismo e grupos racistas com as tatuagens que ostenta no corpo.

O site Rash, de um grupo que se diz antifascista, divulgou fotos do DJ após sua participação na Parada Gay da Capital, no domingo, onde destaca que suas tatuagens faziam alusão desde aos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini até a grupos racistas de soberania branca dos Estados Unidos.

Por conta da repercussão negativa do fato, a organização da Parada Gay andreense decidiu expulsar Tank do evento. “Enquanto ele não falar em público, não divulgar uma nota e o movimento LGBT entender que ele não é um inimigo nosso, não há chances de ele voltar”, disse o organizador, Marcelo Gil, da ONG ABCD’S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual).

De volta ao Brasil há menos de dois meses após morar na Europa, o DJ aparecia como destaque no material de divulgação da parada, por ser da cidade. Através de nota, sua assessoria disse que está tomando as medidas judiciais cabíveis junto à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), na Capital, e Secretaria Estadual da Justiça.

A notícia das tatuagens foi recebida com surpresa pela liderança LGBT da região. O DJ já havia participado de três paradas gays da cidade e inclusive doou dinheiro para o trio elétrico da ABCD’S no evento paulistano.

“É preciso abrir o diálogo para ver se o movimento está preparado para aceitar e receber um ex-homofóbico, alguém que viu que isso é errado e passou a nos respeitar”, disse Gil.

“Ele sempre foi um rapaz bem educado, conheço ele pessoalmete. Sinceramente, nunca prestei atenção nele sem roupa. Aprendemos a respeitar o seu jeito tatuado, mas nunca reparei nos desenhos”, completou.

A certeza é que com a polêmica os organizadores esperam triplicar o público do evento andreense. Inicialmente eram esperadas 20 mil pessoas.  




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