Pesquisador musical, Fernando Pellegrino, mais conhecido como Tuco, é uma vasta enciclopédia da história do samba brasileiro. Apaixonado pelo gênero do começo ao fim, o também músico é a ponte entre os bambas das primeiras escolas de samba do Rio de Janeiro e o gênero hoje.

O cantor e cavaquinista se apresenta hoje, ao lado de Paulo Serau (violão) e Marcio Sorriso (percussão), no Sesc São Caetano, onde mostra canções que vão dos primórdios do samba e chegam à sua lavra autoral. O show, marcado para as 16h, tem entrada franca.

Filho de pianista, Tuco só foi se interessar por samba quando caiu em seus ouvidos o disco Passado de Glória, um trabalho produzido por Paulinho da Viola em 1970, que reúne temas de desconhecidos sambistas da Portela.

Segundo ele, a paixão foi pela sonoridade do disco, com os compositores cantando e tocando seus próprios instrumentos, tudo registrado em clima de roda de samba.

“Acho importante hoje em dia, principalmente quando temos diversos segmentos de samba explanados pelos palcos, resgatar a base desse tipo de canção”, conta o sambista.

Não é só pela predileção que o músico resgata esse mesmo clima de samba feito em roda. Também pelo vozeirão Tuco estabelece um contato direto entre suas interpretações e as obras do passado. A voz gutural lembra nomes como Francisco Alves e Wilson das Neves.

Além de temas próprios, ele canta clássicos como Quantas Lágrimas e Passado de Glória, entre muitos outros tesouros que agora voltam à roda.

Roda de Samba com Tuco Pellegrino – Música. Hoje, às 16h. No Sesc São Caetano – Rua Piauí, 554. Tel.: 4223-8800. Grátis.