O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou neste sábado, durante o encontro do G-20, em Ottawa, no Canadá, as novas estimativas de crescimento da economia mundial em 2002, levando em conta as conseqüências dos atentados terroristas nos Estados Unidos em setembro. Segundo o diretor do Fundo, Horst Köhler, para o Brasil a previsão de crescimento no próximo ano é de 2%, sobre os 3,5% projetados antes dos ataques.

O G-20, formado em 1998 pelos sete países mais ricos do mundo e por 13 nações emergentes, disse, em comunicado que os atentados não afetarão as previsões econômicas do grupo. E pediu que sejam tomadas as medidas necessárias para estabilizar a economia mundial.

O comunicado emitido depois de uma reunião dos ministros de finanças do G-20 em Ottawa afirma que foram adotadas "ações para manter a liquidez e estabilizar o mercado. Estamos prontos para tomar medidas adicionais se necessário".

Recessão - Na última quinta, o FMI adiantou que a previsão de crescimento econômico mundial para este ano foi revista para baixo, de 2,6 para 2,4%. Para 2002, a meta foi revista de 3,5% para 2,4%. Um crescimento mundial inferior a 2,5% é encarado como indicativo de recessão global por muitos economistas.

As três maiores economias mundiais tiveram suas projeções de crescimento reduzidas. Para a América Latina, o FMI reduziu as projeções de crescimento para 1,1% em 2001 e 1,7% em 2002.

Para os Estados Unidos, o FMI prevê um crescimento de 1,1% este ano e de 0,7% em 2002. Em outubro, as estimativas eram de crescimento de 1,3 e 2,2% respectivamente.

O crescimento da União Européia foi reduzido para 1,7% em 2001 e 1,4% no próximo ano, de 1,8 e 2,2% respectivamente.

Para o Japão, o FMI prevê um recuo de 0,9% este ano e de 1,3% em 2002. A expectativa anterior era de redução de 0,5% em 2001 e um crescimento de 0,2% no próximo ano.