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Santo André assume o esquema ‘sem loucura’
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
27/10/2006 | 23:21
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O Santo André entra no Evandro Almeida, em Belém, às 16h deste sábado, consciente de que vai desafiar dois perigosos adversários: o Remo e a fanática torcida local. O Baenão (capacidade para 18 mil pessoas) é uma espécie de La Bombonera (57.400) do Norte do país não pelo tamanho desigual se comparado ao estádio do Boca Juniors, um cenário acostumado a receber provavelmente a platéia mais barulhenta do futebol mundial.

Agora, os paraenses têm pretextos de sobra para pressionar os visitantes: o time da casa (35 pontos) é um dos quatro ameaçados de rebaixamento na reta decisiva da Série B do Campeonato Brasileiro. Já o clube do Grande ABC (45 pontos) topa uma verdadeira batalha na tentativa de manter as chances de entrar no G-4, o bloco das quatro melhores posições da Segundona – aquelas que conduzem à elite nacional na temporada 2007.

O técnico Ruy Scarpino, atento às compreensíveis dificuldades contra um rival ameaçadíssimo, mandou apertar o botão de alerta. Afinal, segundo ele, o confronto desta tarde recomenda cuidados mais do que redobrados. Na opinião do comandante, o Remo amarga circunstancialmente os últimos lugares. “É só olhar a diferença entre um e outro na tabela que a gente vai perceber o equilíbrio na Série B. No início, também estávamos lá embaixo, mas felizmente já passamos da linha intermediária para brigar pelo acesso à Série A”, observa.

Durante a semana, Scarpino rediscutiu o mapa de uma possível surpresa diante de quem, segundo ele, vai a campo como franco atirador. “Nosso primeiro passo é reconhecer a força deles. O segundo é não cometer nenhum tipo de loucura. É assim: você não consegue vencer na marra, ainda mais de uma equipe de muita raça como é o Remo. Vamos devagar desde o início. De repente, podemos atacar, sei lá. Antes de mais nada, é preciso marcar, vigiar, combater. Depois, a gente vê se dá pra disparar”, disse.

Apesar de tudo, Scarpino, sempre realista ao falar de um duelo supostamente acirrado na Bombonera, mandou recados bem diretos aos jogadores na última palestra. “Que não esperem moleza. Eles já sabem disso e devem se ligar o tempo todo”, reafirma, ao se referir ao respeitável inimigo. “Iria mentir se dissesse que iríamos atuar na defesa. Nosso alvo é subir. Explico: não podemos cometer descuidos. Isso é diferente. É só não abusar e pensar que o canal da vitória é correr de qualquer jeito”, insiste Scarpino.




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