O resultado da falta de profissionalização de dirigentes e funcionários, aliado à forte concorrência externa, pode levar os clubes à falência. O aviso é do Sindi-Clube (Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo). Mas como sair dessa crise? Segundo a entidade, é preciso muito estudo, profissionalização de todos os departamentos e, principalmente, saber que o sócio não é um amigo fiel, mas sim um consumidor exigente.

“O funcionário precisa entender que o sócio é um cliente, que o recurso financeiro do clube precisa ser mostrado de forma transparente. O sócio quer saber onde será investido seu dinheiro e participar dessa decisão”, afirma o diretor regional do Sindi-Clube no ABC, José Severiano dos Santos.

Com altos índices de inadimplência ao mês no Grande ABC, os clubes sofrem com os caixas vazios – quando não estão negativos –, mas isso não serve de desculpa para repensar o futuro. “A primeira ação que um clube deve tomar é puxar o freio de mão e refletir: quem sou? Paralelamente, é preciso uma pesquisa para descobrir a real satisfação do cliente, o que ele espera do clube como um consumidor. Por fim, todo o clube precisa ser estruturado em seu processo administrativo”, diz Severiano.

Para reerguer os clubes de todo o país, o Governo Federal já está dando o primeiro passo com a discussão, de Norte à Sul, do Estatuto do Desporto, que pretende superar as brechas existentes nas leis Pelé e Piva, além de unificar todo o esporte numa mesma legislação.

Especialização – O sindicato de São Paulo é a única instituição do país a ter uma Universidade Clubística. A entidade oferece palestras e cursos (gratuitos e pagos), com qualificação profissional em mais de 30 áreas. Mais informações pelo telefone 5052-3951 ou pelo site www.sindiclubesp.com.br.