A Prefeitura de Diadema prevê que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na Favela Naval comecem, no máximo, em 40 dias. Elas deveriam ter iniciado há cerca de um mês, mas um desacordo com as famílias que precisam deixar o local para que a urbanização ocorra inviabilizou a operação.

Apesar da resistência inicial por causa da insatisfação do valor da bolsa-aluguel (R$ 260 a R$ 300 mensais), os moradores aos poucos liberam a área. Segundo o secretário de Habitação, Josemundo Dario Queiroz, das 154 famílias que precisam sair da favela, 37 já mudaram e outras 103 aderiram ao acordo, sinalizando a intenção de se mudar em breve. Com as 14 famílias restantes, o secretário acredita que seja necessário discutir caso a caso. "Desses, a grande maioria tem casas de alvenaria.

Assim que os laudos de avaliação forem concluídos, sentaremos para chegar a um acordo amigável."

A discussão ocorre porque os moradores querem recebem 100% da indenização em dinheiro para comprarem novos imóveis, e a Prefeitura propõe indenizá-los abatendo o valor avaliado do financiamento das casas. As obras de R$ 23 milhões prevêem a construção de 32 unidades habitacionais na Naval e 204 no bairro Serraria, além de outras 104 em uma segunda fase.