Quando assumiu a Seleção Brasileira, em novembro do ano passado, o técnico Emerson Leão disse que queria seu time jogando um futebol bailarino. Foi demitido sete meses depois e neste sábado acabou ironizado pelo sempre polêmico lateral-esquerdo Roberto Carlos, preterido por Leão em todos as convocações. "Aqui não tem nenhuma bailarina, mas guerreiros que vieram ganhar o jogo". O jogador fez um desabafo: ele diz que não agüenta mais o que considera "pegação no pé" de jornalistas e também da opinião pública por causa das coisas que costuma dizer nas entrevistas. Como a critica velada a Leão, que certamente irá repercutir negativamente mais uma vez.

"Eu quero que as pessoas me critiquem pelo que faço dentro de campo. Muita gente não gosta de mim, mas sou um privilegiado", disse Roberto Carlos, que garante não estar 100% fisicamente por causa de um leve problema no joelho. A pesar disso, faz questão de dizer que não fugiu da responsabilidade e que deu novamente a cara para bater. "Eu estou aqui, e estou aqui feliz, ciente da minha responsabilidade junto ao grupo, ao novo treinador e a torcida brasileira", afirma.

Sobre os problemas físicos, Roberto Carlos não quer que isso seja usado como desculpa para justificar um eventual fracasso neste domingo. "Num jogo como esses, não tem dor. Nada irá nos prejudicar", decreta.