Os jogadores admitiram: o que definiu esta decisão foi perder a primeira partida por dois gols de diferença. O elenco do Azulão reconhece que a necessidade da vitória acabou prejudicando o time. “Fomos infelizes no primeiro jogo e agora temos de esquecer este sentimento de disputar duas finais e não conseguir o titulo em nenhuma delas”, disse o meia Esquerdinha, um dos mais abatidos do elenco na saída do estádio.

O lateral-esquerdo Marcos Paulo pensa como seu companheiro. Mas para ele, o mais frustrante é saber que o time fez grande campanha em todo o Campeonato Brasileiro e terminou, mais uma vez, como vice-campeão de uma competição nacional. “Realmente, por tudo que fizemos, merecíamos uma melhor sorte. O grupo é vencedor e merecia ser coroado”, disse o jogador, que se orgulha daquilo que o grupo fez no segundo semestre. “Chegamos em uma final de Brasileiro e deixamos toda a elite para trás”.

Mesmo com a derrota, Marcos Paulo acredita que este não é o momento de questionar o regulamento, já que o Azulão terminou a primeira faze com oito pontos à frente do próprio Atlético-PR. “Todos nós sabíamos que seria assim e não podemos questionar agora a forma de disputa”.

O atacante Magrão saiu da final com um sentimento estranho. “Faltou alguma coisa, não dá para se conformar com a derrota. A equipe foi competente mas não chegou lá”, disse o jogador, que a partir de segunda-feira já começa a traçar seu futuro.

Apesar de ser um dos melhores jogadores do São Caetano na partida, o meia Bechara estava inconformado, embora tenha reconhecido que reverter a vantagem do Atlético era muito difícil. “O jogo foi definido lá. Dois gols era uma diferença muito grande. Tinha convicção de que a partida de volta seria complicada”, disse o meia. Para ele, entrar no segundo tempo é sempre uma responsabilidade a mais. “Você precisa mudar o jogo e com a obrigação de jogar melhor que seu companheiro que saiu. Não adianta nada entrar bem, estou muito frustrado”.