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25 mil lotam sambódromo de Diadema
Natane Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
04/02/2008 | 09:03
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O Brasil, representado nas mais diferentes formas, foi o protagonista do desfile das escolas de samba do Grupo Especial de Diadema. Das seis agremiações que passaram pela avenida durante a madrugada de sábado para domingo, as três com mais chances de ficar com o título ressaltaram belezas nacionais.

Celso Luiz/DGABCMitos e lendas do folclore brasileiro coloriram carros e fantasias da Unidos da Vila Nogueira, segunda escola a percorrer a Avenida Doutor Ulysses Guimarães. Plumas, belas passistas e componentes harmoniosos conseguiram aplausos das mais de 25 mil pessoas, segundo a Guarda Civil Metropolitana, que lotaram as arquibancadas e arredores do sambódromo.

A festa só não foi maior porque uma parte da fantasia do destaque do abre-alas ficou presa em alguns fios da Telefônica que cruzavam a avenida. “Não acho que isso vá prejudicar muito porque nós terminamos o desfile dentro do horário”, diz o presidente da Unidos da Vila Nogueira, Edson Leite Aguiar.

Para ele, o fio estava abaixo da altura máxima estipulada pela Liga das Escolas de Samba no município. Segundo a organização do evento, o fio está a 5,7 metros do chão, ou seja, acima do tamanho que os carros deveriam ser construídos, de acordo com uma ata assinada pelos presidentes anteriormente: eles deveriam ter até 4,5 metros.

Um pouco menos luxuosa, mas animada como ninguém, a terceira agremiação da madrugada, a Estopim da Fiel Torcida, que entra no páreo pelo troféu de campeã do Carnaval 2008. O enredo Brasil: meu palco, minha tela trouxe um samba fácil, que, em poucos minutos, já estava na boca do público, que sacudia balões pretos e brancos.

Em quinto lugar ano passado, a Unidos do Serraria, penúltima a entrar na avenida, surpreendeu. O enredo cantou a história e as subdivisões do samba. Adereços bastante caprichados, bateria coreografada e dois malandros sentados em uma mesa de botequim jogando truco – literalmente – sobre o último carro podem confirmar as previsões de Carlos Antônio Gama, presidente do Serraria: “Este ano foi mais do que maravilhoso porque é o meu último como presidente. Realmente acho que temos grandes chances de ganhar.”

Empenho - Vice-campeã em 2007, a Unidos da Vila abriu a noite do Grupo Especial com um tema que explorava os cheiros. A bateria arriscou com paradas, mas levou bem os cerca de 45 minutos de desfile. Alguns buracos grandes entre as alas, principalmente na evolução dos casais de mestre-sala e porta-bandeira podem tirar pontos da Vila.

A campeã do ano passado, Raposa do Campanário entrou às 2h25 com a história da fênix. Uma comissão de frente bem afinada e a bateria digna de um 10 não ajudaram o enredo, confuso demais para quem assistia.

Já com o dia quase raiando, Unidos de Vila Alice, que subiu ao Grupo Especial este ano, chegou com os personagens de Monteiro Lobato um pouco cansados.

Os espectadores que restaram conseguiram fazer algum barulho, mas os carros muito simples – um deles com o destaque principal quebrado – não entusiasmaram.



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