A festa preparada domingo para o Azulão na avenida Goiás teve um sabor amargo. Com a derrota para o Atlético-PR por 1 a 0 e a perda do título de campeão brasileiro, a animação na principal avenida do município não foi a esperada. A distribuição de seis mil litros de chope e 1,5 mil litro de refrigerante atraiu cerca de quatro mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, na comemoração do vice-campeonato do São Caetano. A presença do público ficou bem abaixo das 10 mil pessoas que eram aguardadas caso o Azulão tivesse conquistado o título. A PM não registrou nenhuma ocorrência durante a festa e, devido ao consumo excessivo de álcool, houve apenas poucas confusões isoladas.

Mas a derrota de domingo não frustou totalmente os torcedores do Azulão. A melhor campanha na primeira fase da competição e a classificação para a disputa da Copa Libertadores da América no próximo ano foram usadas como motivos para a festa de domingo. “Foi legal ser vice. É um time pequeno que chegou longe. A festa está boa, mas poderia estar melhor se tivesse ganho”, afirmou a corintiana Fernanda Pimentel, que assistiu ao jogo em sua casa e ao término da partida foi comemorar na avenida Goiás.

A palmeirense Marina Pelluci foi sozinha ao estádio Anacleto Campanella e depois foi à Goiás encontrar as amigas para participar das comemorações. Mesmo com a derrota, Marina também estava animada com a campanha do São Caetano. “Apesar do estádio não ser bom, a torcida estava bem organizada e animada”, disse.

Os torcedores estavam, em sua maioria, com a camiseta do Azulão. Mas teve também quem exagerou na hora de se vestir para torcer para o São Caetano. O ator José Messias dos Santos estava com paletó do Azulão, terços católicos, a faixa de campeão da série B do Paulista de 2000 e segurava um troféu. “Cada coisa tem o seu significado. O terço é para as vitórias, o terno eu ganhei do Jair Picerni e o troféu é para representar os títulos do São Caetano”, afirmou.

A pequena torcida do Azulão está confiante também no crescimento do time no próximo ano. O estudante Bruno Alves Guimarães, que foi a Curitiba assistir ao primeiro jogo da final e domingo acompanhou a decisão do Campeonato Brasileiro em um bar da avenida Goiás, acredita que o Azulão deverá manter o mesmo ritmo em 2002. “Se continuar com o mesmo time, consegue manter a boa campanha e vamos ganhar a Libertadores”, disse.