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Palmeiras e Coritiba abrem decisão da Copa do Brasil
05/07/2012 | 08:00
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O Palmeiras faz na noite desta quinta-feira um dos jogos mais importantes de sua história recente. Pela primeira vez desde que foi campeão paulista em 2008, o time volta a disputar uma final - dessa vez, porém, é um campeonato nacional, o que não acontece há 12 anos. O primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, contra o Coritiba, acontece às 21h50, na Arena Barueri. E o objetivo palmeirense é conseguir vantagem para a volta na quarta que vem, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba.

A conquista da Copa do Brasil pode ser a salvação de um clube que nos últimos anos acostumou-se a fazer papel de coadjuvante nas competições que disputava e passou a conviver com crises, brigas e confusões. Nas últimas semanas, porém, o bom clima e as brincadeiras deram o tom ao ambiente palmeirense.

Sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, a Libertadores de 1999 foi a última grande conquista do Palmeiras. No ano seguinte, ainda veio o título da Copa dos Campeões (com Flávio Murtosa, eterno auxiliar de Felipão, como treinador), o último troféu nacional do clube (sem contar Série B do Brasileiro em 2003).

Felipão foi chamado pelo então presidente Luiz Gonzaga Belluzzo em 2010 para tentar reviver grandes glórias, mas o que se via no clube era um tropeço atrás do outro. Nem as voltas de Valdivia e Henrique, duas das principais peças do vitorioso elenco de 2008, serviram para melhorar o time.

O presidente Arnaldo Tirone, que assumiu o clube em janeiro do ano passado, resolveu bancar Felipão em todos os momentos de crise, apesar da forte pressão para demiti-lo. O treinador, por exemplo, não se dá com o vice-presidente Roberto Frizzo e nunca poupou críticas à diretoria: reclamava da falta de reforços publicamente, deixando muitos cartolas em difícil situação para se explicar depois.

Por mais problemas que Felipão causasse, seu grande mérito foi fechar um grupo que podia não ser o mais técnico, mas que pelo menos se concentrou num só objetivo. E que agora sonha em fazer história no clube.

"É sempre bom ser campeão, estar levantando taça", disse o capitão Marcos Assunção, que volta ao time após três jogos fora por causa de uma lesão na coxa direita. "Faz muito tempo que o Palmeiras não ganha, por isso a motivação é grande, de escrever o nome na história do Palmeiras", completou o volante.

"No vestiário do Palmeiras tem o quadro dos jogadores campeões. Ter um quadro com nossa foto vai ser uma satisfação muito grande. Eu com 36 anos (completa no dia 25 de junho) e quase parando de jogar, se vir a foto vai ser uma alegria muito grande", afirmou Marcos Assunção.

O volante ainda não sabe o que é ser campeão pelo Palmeiras. Deste grupo, aliás, apenas Bruno, Valdivia e Henrique estavam naquele time de 2008. E, para Marcos Assunção, o título de hoje não significa apenas uma linha a mais em seu currículo. "O Palmeiras está muito tempo sem vencer. A partir do momento que você volta a ganhar, as equipes vão ter mais respeito", avaliou.

O outro trunfo de Felipão neste começo do ano foi passar tranquilidade ao grupo. "Este elenco não é responsável pelo jejum de títulos", repetia o treinador. O mantra fez efeito e os jogadores entraram em campo nesta Copa do Brasil mais soltos. Sempre com a responsabilidade de vencer, claro.

"Não temos pressão aqui. Pressão seria se estivéssemos fora da Copa do Brasil", admitiu Marcos Assunção. "Temos de estar emocionados por jogar uma final após 12 anos. Tem de estar feliz, alegre, solto. Temos de fazer historia no Palmeiras. É isso que a gente conversa, pensa e nos motiva."

Apesar de estar perto de fazer história, o Palmeiras, que ainda não perdeu na competição, tem duas pedreiras pela frente. O Coritiba busca o mesmo que seu rival e tentará aquilo que no ano passado quase conseguiu: perdeu a final para o Vasco. Em 2011, o time paranaense também decidiu em casa, mas não teve sucesso - mesmo ganhando por 3 a 2, ficou com o vice por ter perdido no Rio a partida de ida, por 1 a 0.

A cobrança no Coritiba, portanto, é grande para evitar que novamente o título e classificação para a Libertadores escapem. "O Palmeiras também tem grandes jogadores. Mas a nossa força é o grupo e nós já estamos demonstrando isso desde o ano passado", afirmou o atacante Everton Ribeiro.




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