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Inclusão social é a marca do Formare
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
15/06/2008 | 07:09
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O compromisso com a responsabilidade social é a marca mais visível do Projeto Formare, que já qualificou mais de 500 jovens entre 15 e 17 anos no Grande ABC.

Os cursos são destinados a jovens de famílias de baixa renda oriundos da rede pública de ensino. E o engajamento não é apenas empresarial. Voluntários, os professores são os próprios funcionários da companhia que respalda o programa, que no Grande ABC é integrado por seis empresas.

O projeto oferece cursos de educação profissional, cujos certificados são reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação). Seis empresas do setor automotivo do Grande ABC integram o projeto: Arteb, Mahle, Mangels, Sogefi Filtros Fram, ZF do Brasil - unidade Sachs (todas em São Bernardo) e Magneti Marelli.

As escolas ficam na unidade de São Bernardo e em Mauá. Cada empresa investe, em média, R$ 100 mil por ano no Formare. A formação de cada jovem custa, em média, R$ 415 por mês, segundo a entidade.

Responsável por 126 jovens formados, a Arteb - a pioneira na região - respalda o projeto há oito anos. A coordenadora de desenvolvimento de pessoal, Patrícia Carla Menezes, destaca o viés inclusivo, já que "95% dos que se formam são contratados". "O restante é encaminhado as outras companhias. O índice de sucesso do projeto é muito bom."

Para a Magneti Marelli, que contribuiu para a qualificação de 120 estudantes, o engajamento é uma "responsabilidade social, o braço-direito de qualquer empresa", frisa a coordenadora Valéria Cavalcante. Para a sua colega na Sogefi, Wilma Torini, o projeto, além de qualificar, estimula a cidadania. "Formamos pessoas e temos o retorno disso."

Segundo a coordenadora da Mahle, Marta Aparecida de Oliveira França, dos 97 formados, 60% estão empregados e o restante está fazendo faculdade ou um curso técnico de especialização. "Os jovens são motivados a continuar estudando e crescendo profissionalmente."

Maria Cristina Trindade, da ZF do Brasil, unidade Sachs, ressalta que o projeto alia conceitos técnicos com formação básica. "Os estudantes passam por processos de seleção, têm disciplinas básicas, além da formação técnica. Vivenciam na prática. Esse é o diferencial."

A Mangels se programa para iniciar a próxima turma. "É uma excelente oportunidade. Eles vão aprender muito sobre comportamento empresarial", explica a supervisora de Recursos Humanos, Katia Sabadim.

A coordenadora do Formare, Beth Callia, destaca que o maior benefício que as empresas obtêm com o respaldo ao projeto é a marca de comprometimento social. "A comunidade passa a reconhecer a companhia."

O viés participativo é uma característica do Formare. São os próprios colaboradores que ministram o curso, voluntariamente.

Basicamente, as aulas do curso têm duração de um ano, as turmas são formadas por 20 alunos, em média. Durante o aprendizado, a companhia oferece uma bolsa-auxílio e benefícios. Algumas empresas chegam até a oferecer além do que é estipulado pelo programa.

Serviço: informações sobre o período de inscrição nas empresas e o projeto Formare acessar: www.formare.org.br, ou (11) 3103-8088.




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