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Palocci reafirma que decisão sobre juros será técnica
Do Diário OnLine
17/06/2003 | 21:42
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Apresar de evitar comentários acerca do rumo dos juros, que será anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, disse nesta terça-feira, no 24º encontro de cúpula dos países do Mercosul em Assunção, no Paraguai, que as condições da economia brasileira estão melhores que no "passado recente".

"Os números da economia brasileira são melhores hoje do que há seis meses, do que há cinco meses, quatro, três, dois, um mês. Contra números não há como se contrapor", disse Palocci a jornalistas sem, no entanto, mencionar a possibilidade da Selic (hoje em 2,5% ao ano) ser rebaixada por conta disso.

O ministro destacou ainda outros "bons aspectos do cenário econômico", como o risco Brasil abaixo de 700 pontos e o acesso do país aos mercados internacionais, com cerca de US$ 9 bilhões em captações externas já concluídas.

Mais uma vez, Palocci declarou que a decisão dos juros será técnica. "O momento em que os juros podem baixar é uma decisão que pode ser vista à luz de todos os nossos técnicos". Porém, o ministro ressaltou que "a prioridade econômica do governo do presidente Lula é o combate à inflação", e não os juros. "E as coisas estão indo muito bem nesse aspecto", disse apenas.

Palocci continuou dizendo que, seja qual for a decisão do Copom, haverá "tranqüilidade e serenidade" por parte dos técnicos do BC. "Temos a convicção de que o ajustamento fiscal e monetário feito durante este semestre teve resultados muito significativos", afirmou.

Ele ainda aproveitou para criticar a remarcação de preços. "É preciso que todos os agentes econômicos participem do processo de combate à inflação, não apenas pressionando o Copom, mas também coordenando preços", afirmou. "É hora de todos reduzirem a remarcação de preços e trabalhar olhando para o futuro, porque o futuro do Brasil é um futuro de crescimento."

Por fim, Palocci respondeu, por meio dos jornalistas, às críticas de que o país não tem apresentado crescimento. "O importante é colocar em ordem as contas do Brasil. O crescimento não é uma opção que você tem a qualquer momento. Crescimento com inflação dura muito pouco, causa muito sofrimento, principalmente nos mais pobres".




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