O técnico Emerson Leão está estreando no São Paulo a tática que notabilizou seu trabalho em todos os clubes que comandou na carreira: o mistério na escalação. Na busca por uma equipe menos 'robotizada', como ele mesmo definiu a atuação são-paulina contra o Corinthians (0 a 0, no domingo), Leão testou nesta terça-feira um 4-4-2 – formação preferida pelo treinador. A experiência teve o meia/atacante Nildo em lugar do zagueiro Fabão, vetado pelo departamento médico por causa de dores no joelho direito.

Mas Leão não quis dar pistas se vai optar pela nova formação no duelo contra o São Caetano, nesta quarta-feira (21h45), no Morumbi, pelo jogo de volta da segunda fase da Copa Sul-Americana. "É a primeira vez que treinamos no 4-4-2 e isso não quer dizer que vamos atuar dessa forma. Aproveitei a ausência do Fabão para dar início a esse trabalho", explicou Leão.

Além da troca de Fabão por Nildo, com este atuando mais perto do canhoto Danilo, o técnico testou no treino uma mudança que vem se repetindo nas partidas: a entrada de Gabriel no lugar de Cicinho, na lateral-direita. "São dois grandes jogadores e que têm características diferentes. Estou seguro que, independente de quem jogar, o São Paulo estará bem nesse setor", despistou Leão, que tem mostrado gostar bastante do trabalho de Gabriel.

Lição de casa - Após arrancar um empate por 1 a 1 com o Azulão no jogo de ida, quarta-feira passada, no Anacleto Campanella, o Tricolor só precisa de uma vitória simples em casa para garantir a classificação na Copa Sul-Americana. Mas a tarefa não é das mais fáceis, pois o São Paulo jamais conseguiu bater o São Caetano jogando no Morumbi.

A última derrota são-paulina em casa diante do Azulão foi a mais dolorida: em março passado, pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista, o então favorito Tricolor foi derrubado por 2 a 0 pelo futuro campeão estadual. Mais um dado curioso: na etapa seguinte do Paulistão, a semifinal, o São Caetano eliminou o Santos, time que à época era comandado por Emerson Leão.