"A data prevista para o meu parto era o dia 15. Nao houve complicaçao durante a gestaçao. No dia 13 de janeiro, por volta das 22h30, fui até o Hospital Pro Matre, onde recebi atendimento de uma enfermeira, que me aplicou uma injeçao e me mandou para casa.
Por volta das 2h do dia 14, fui até o Hospital Municipal de Santo André (atualmente chamado de Centro Hospitalar de Santo André), pois continuava com contraçoes. Lá, fui atendida por um médico que disse que a criança estava bem, porém, ainda nao tinha dilataçao suficiente, mandando-me de volta para casa.
As 8h, retornei ao HM e lá fui atendida por um outro médico. Após me examinar, ele me disse que o caso era grave. Fui colocada em uma maca e levada para uma sala, onde havia cinco estagiários. Fui tratada como um animal. Vi a morte chegando. Comecei a ficar gelada. Percebi que ia morrer.
Resolvi lutar contra a morte e gritei. Eles me tiraram à força da maca. As quatro agulhas do soro voaram. O sangue esguichava do meu braço. Minha filha nasceu com vida e morreu 1h30 depois. O médico alegou que ela tinha ingerido fezes."
O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, disse que "do ponto de vista médico, o nenê nasceu com baixos sinais vitais, um problema gravíssimo e morreu". Em relaçao à forma como ela foi atendida, o secretário afirmou que "a gente tem feito treinamento, supervisao, mas é difícil colocar humanidade nas pessoas".
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