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Inflação medida no Grande ABC fica em 0,50%
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
13/07/2002 | 18:10
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A inflação no Grande ABC, medida pelo Instituto de Pesquisas do Imes (Centro Universitário Municipal de São Caetano), ficou em 0,50% na primeira quadrissemana de julho e, com isso, registra um significativo avanço em relação ao mês anterior. Segundo o assistente de coordenação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), Lúcio Flávio Dantas, de formas gerais, a elevação já era esperada já que no fim de junho as apurações parciais demonstravam que o comportamento médio dos preços praticados na região tendiam a chegar a um nível acima daquele projetado no período imediatamente anterior.

Dantas analisou também que neste fechamento parcial de julho o efeito do novo aumento do gás de cozinha ainda não foi sentido como também os efeitos dos reajustes da telefonia fixa e da energia elétrica. A influência, na avaliação do assistente, deverá ocorrer de forma gradativa, a partir do próximo fechamento.

Análise – A alta da primeira quadrissemana de julho, na avaliação de Dantas, ocorreu em função da variação dos preços dos alimentos semi-elaborados, dos industrializados e das elevações de preços incorporadas aos itens do grupo de despesas pessoais e do subgrupo de transportes próprios. Entre os semi-elaborados houve uma expansão por parte dos cereais, principalmente o feijão empacotado (8,87%) e o arroz (5,09%). Em contrapartida, o preço do frango dá sinais de acomodação e registrou deflação de 1,55%. Já no segmento de industrializados, a expansão chegou a 1,20% devido ao comportamento de produtos como o óleo de soja (12,70%) e a manteiga fresca (3,27%) entre outros.

Ainda em relação à pressão no sentido de alta, o grupo de despesas pessoais incorporou uma taxa de 0,41% ao IPC devido aos reajustes de algumas marcas de cigarros, que chegou a 1,49%, e aos aumentos captados no subgrupo de recreação.

Os artigos de vestuário, embora venham apresentando curva decrescente, continuam responsáveis, em parte, pela alta geral dos preços. O destaque, de acordo com Dantas, é para os artigos femininos, cuja alta foi de 3,13%.




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