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Brasil propõe reformas para dar legitimidade às instituições financeiras internacionais
Do Diário OnLine
09/11/2008 | 15:29
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O governo brasileiro Brasil sugeriu, em comunicado final da reunião do G20, a reforma de instituições financeiras internacionais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, para que elas ganhem "maior legitimidade e representatividade". A reunião entre ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20 teve neste domingo, em São Paulo, seu segundo seu último dia de debates sobre a crise financeira mundial.

A idéia é que esse "FMI reformulado" seja responsável pela medição do risco das diferentes economias. De acordo com a proposta brasileira, a reforma das instituições financeiras globais incluiria maior participação de países emergentes, como o Brasil.

Segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega, que concedeu entrevista coletiva ao final da reunião, o G20 está apto a exercer a função de órgão coordenador "desta e outras crises". "O G20 deve ser transformado em uma instituição mais atuante, porque ele é mais representativo", defendeu. Ele propôs que o grupo se reúna com mais freqüência e tenha mais participação dos chefes de Estado. "(O G20 deve) priorizar deliberações com resultados práticos em termos de políticas públicas", informa o documento, que tem nove páginas.

O comunicado também informa que as medidas anunciadas até o momento já surtem efeitos "positivos e estabilizadores de curto prazo", no entanto ainda é preciso normalizar os canais de crédito e os fluxos financeiros.

De acordo com o ministro brasileiro, a discussão acerca da crise financeira mundial continuará até a reunião de cúpula do bloco, no próximo dia 15, em Washington, onde devem ser decididas as ações para reformar o sistema financeiro mundial.

G20 - O grupo foi criado em 1999 com o objetivo de buscar respostas para a crise do final dos anos 1990, que começou na Ásia e acabou respingando no mundo todo. Desde então, o G20 se reúne todos os anos.

Participam do G20 ministros da Economia e presidentes de bancos centrais de 19 países: os oito países do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia) mais África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México e Turquia. A União Européia também integra o grupo.




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