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Onda de comissões pode surgir
20/05/2005 | 23:58
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A abertura da CPI dos Correios no Congresso pode provocar uma onda de abertura de novas comissões parlamentares de inquérito com caráter eleitoral. Governistas temem que a CPI dos Correios se transforme num palanque político para oposição criticar e devassar a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentando enfraquecer sua campanha pela reeleição.

Em troca, tucanos acham que os governistas planejam ressuscitar a CPI do Setor Elétrico, que se arrasta sem funcionamento desde o ano passado, apenas para bater na administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Há mais CPIs com conteúdo eleitoral potencial a caminho. Em Minas Gerais, os petistas esperam minar o prestígio político do governador tucano Aécio Neves, um dos nomes do PSDB para uma eventual candidatura presidencial em 2006.

Essa situação ainda deve ficar mais complicada dentro do Congresso, já que o líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM), quer desenterrar vários outros pedidos de abertura de CPIs. "Se todo mundo se acusar e uns tiverem a culpa e outros não, a iniciativa será válida", afirmou Virgílio ao comentar o fato de terem sido apresentados vários pedidos para abertura de comissões parlamentares de inquéritos no Congresso e em assembléias legislativas estaduais, entre elas de Minas Gerais, estado comandado pelo tucano Aécio Neves.

"O PSDB é favorável à apuração de todas as privatizações ocorridas nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, e não apenas em relação ao setor elétrico. É bom que a Câmara faça a apuração sobre o que quiser. Nós também faremos CPI sobre o que quisermos. E não abriremos mão de investigar Waldomiro Diniz (ex-assessor parlamentar da Casa Civil) e os Correios. Não vamos trocar favores", discursou.

Virgílio anunciou que o PSDB já apresentou os nomes do partido para compor duas CPIs sugeridas por ele, uma para investigar a atuação de Waldomiro Diniz, flagrado em vídeo pedindo propina ao empresário Carlos Cachoeira, e outra para apurar supostas irregularidades praticadas no governo Fernando Henrique, do PSDB.




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