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Abertura do mercado de resseguros anima segmento
Fabrício Migues
Do Diário do Grande ABC
19/01/2007 | 23:11
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A abertura do mercado de resseguro no Brasil trará mais competitividade para as seguradoras e o consumidor final pode ser beneficiado. Pelo menos essa é a opinião do presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores dde Seguros do Estado de São Paulo), Leoncio de Arruda.

“Agora as seguradoras poderão negociar o valor do resseguro diretamente com as outras. Essa fato vai gerar competição e a taxa pode abaixar”, explica Arruda.

Porém, o presidente prefere adotar um discurso um pouco mais conservador em relação a perspectiva para o consumidor.

“Antes de fazermos qualquer análise concreta, vamos esperar alguns meses e acompanhar de perto os passos do mercado. Não se sabe ainda, mas tenho a impressão que o valor para o consumidor pode ser reduzido no futuro”, pondera.

Ele ataca ainda a postura adotada pelo IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) nos últimos anos.

“O IRB tinha o monópolio na mão. Antes desta lei, eles determinavam, sem fiscalização, a taxa de resseguros e o preço padrão a serem adotados. Agora acabou. As corretoras de resseguros mais fortes do mundo poderão operar no Brasil e isso trará maior confiança para as nossas seguradoras”, esbraveja o presidente.

Arruda lembra também que já existem oito corretoras de resseguros no País que normalmente operam com as ‘sobras’, ou seja, com casos que o IRB não quis operar. “Essas resseguradoras poderão entrar na concorrência também. Ainda terão de esperar 1 mês até que toda a lei seja regulamentada”, conta.

Ele afirma ainda que o IRB continuará a atuar, mesmo depois desta nova lei. “Eles continuarão sob o comando do governo”, analisa.

HISTÓRICO
A lei de abertura do mercado de resseguros foi sancionada no último dia 15 de janeiro pelo então presidente em exercício do Brasil, José Alencar.

As seguradoram eram obrigadas, desde 1939, a ressegurarem pelo IRB as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria.



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