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Peregrinação de proprietário por conserto de Gol 0km já dura um ano
Verônica Fraidenraich
Do Diário do Grande ABC
22/03/2005 | 14:43
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Desde que comprou um carro zero, modelo Gol City 1.0 básico, em abril do ano passado, o analista de sistemas Ricardo dos Santos Vieira, 23 anos, de São Bernardo, teve uma série de problemas. O carro foi comprado na concessionária Apta, em Rudge Ramos, e o proprietário diz que logo na primeira semana de uso apresentou problemas. Com 30 dias, o carro voltou à concessionária para o primeiro conserto. “De imediato, o problema parecia resolvido, mas o câmbio continuou arranhando e persistiu o barulho na parte traseira”, conta Vieira.

Foram seis tentativas de conserto na Apta até que a concessionária fechou e Vieira passou a levar o carro para outra empresa do mesmo dono, a A-vel, no Centro de São Bernardo. Mas outros problemas surgiam. “A caixa de direção estava com folga, o acelerador ficava acelerando até com o carro parado e o câmbio estava duro.” Insatisfeito, o proprietário entrou em contato com a Assobrave (Associação Brasileira de Distribuidores da Volkswagen), que o aconselhou a levar o veículo a outra concessionária. Ele levou, então, o veículo à Savol, em Santo André. “O carro ficou melhor, porém o câmbio começou a travar e não queria desengatar quando passava a segunda marcha.” Após negociações com a fábrica da Volkswagen, em dezembro de 2004, conseguiu que trocassem o câmbio. Foram somente 15 dias de sossego até que Vieira voltou a detectar o problema. “Não consigo passar da segunda para a primeira marcha.”

Ricardo voltou à concessionária Avel e deixou o carro para avaliação, feita por um técnico da fábrica. Por meio de uma carta enviada ao proprietário em 21 de dezembro do ano passado, a Volkswagen informou que não constatou “ruídos e dificuldade de engate na transmissão” depois de ter substituído o câmbio, nem a aceleração involuntária. Registrou sim, diz a carta, ruídos na suspensão dianteira, mas “em baixa intensidade e em condições específicas”. A concessionária se comprometeu a devolver o dinheiro do carro, caso o conserto não ficasse bom. Vieira resolveu, então, levar o veículo segunda-feira à concessionária.

O Procon de São Bernardo diz que o consumidor tem três opções: trocar o veículo por outro igual em perfeitas condições; desfazer o negócio com restituição imediata da quantia paga (atualizada com correção monetária); abatimento proporcional no preço (acordo entre as partes, pelo qual a concessionária dá determinado valor em dinheiro para que o proprietário conserte o veículo em outro local).



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