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Alemanha desenvolve arma 'antivuvuzela' na estreia
Tiago Bassan
Com Agências
13/06/2010 | 07:10
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A Alemanha dá a largada em busca do tetra campeonato mundial buscando superar dois adversários: a Austrália e as vuvuzelas. Para enfrentar o som ensurdecedor das cornetas (acima de 123 decibéis) o treinador Joachim Löw trabalhou a linguagem de sinais e espera assim estabelecer a comunicação com seus atletas. "Observamos que apenas uma vuvuzela faz um inferno de barulho. Os jogadores têm de fazer isso (comunicação por gestos) e eu preciso também do lado de fora, porque ninguém me ouve. Vou ter de trabalhar com a linguagem de sinais", disse Löw.

Para bater os australianos, a arma é a juventude. Renovada, a Alemanha aposta em atletas com média de idade inferior aos 25 anos. O lateral Philipp Lahm, 26 anos, e o meia Schweinsteiger, 25, são os destaques do time.

Para Löw, a nova safra tem apresentado bom volume de jogo durante a preparação. "Tenho consciência que podemos ir bem. O time está entusiasmado. Agora nós tentaremos corrigir erros. Estamos em uma excelente condição."

O atacante Klose é dúvida para a partida e pode ser substituido pelo brasileiro naturalizado alemão, Cacau (que nasceu em Santo André).

Por ter de enfrentar a favorita do grupo na estréia, a Austrália tem certeza que terá um jogo duro pela frente. "Respeitamos todo mundo, mas não tememos nada. A Alemanha é favorita, sem dúvida, afirma o zagueiro Lucas Neil, capitão da equipe.

Brasileiro na torcida pelo título germânico

Um estranho no ninho. Assim que se sente o brasileiro Eduardo Bianchi Chwalesnky, um legítimo torcedor alemão em terras tupiniquins. Isso mesmo! Nascido em São Bernardo e morador de Santo André, ele é fã da Alemanha e não abre exceções, nem mesmo contra a Seleção Brasileira.

A paixão começou na Copa de 1990 vencida pelos germânicos. "Meus avós paternos são alemães e quando comecei a gostar de bola tinha oito anos, na Copa vencida pela Alemanha. Me apaixonei por aquele time, ficou marcado."

A coleção de camisas surpreende. São cerca de 15 uniformes, praticamente todos usados pelos alemães desde 1990. Além disso, bonés, cachecol, gorros, agasalhos e uma infinidade de artigos compõe o vestuário do torcedor.

O fanatismo é tão grande que no fim do ano passado o torcedor foi à Europa ver o último jogo da Alemanha em casa pelas eliminatórias. "Foi inesquecível. Assisti a vitória por 4 a 0 sobre Azerbaijão além de conhecer vários estádios e locais históricos", conta.

Eduardo, que também é jornalista, conta que a maior dificuldade que encontra com sua opção é a incompreensão. "Poucas pessoas respeitam minha vontade. Acham que tenho de torcer para o Brasil porque nasci aqui, mas não vejo dessa forma", revela.

Sobre a seleção que entra em campo hoje, contra a Austrália, o torcedor destaca o meia Marko Marin. "É um jogador que transformou o estilo de jogo da Alemanha. Baixinho e habilidoso, muda a partida quando entra. Gosto muito também do Schweinsteiger e do Lahm", comenta sem se importar com a ausência do meia Ballack, cortado. "Ele é acima do bem e do mal. Foi bom sua ausência", finaliza. (Anderson Fattori)




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